Capítulo 2

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Arthur Sokolov

Respiro fundo tentando entender o que está acontecendo à minha volta. Mas simplesmente não entendo nada. Alguém me explica, por favor?

- Então você é o safado que está tirando a inocência da minha filha? - Pergunta a mulher batendo o cabo de vassoura na mão.

O que devo dizer a ela? Temo ter que dizer que sua filha é uma completa maluca que não bate bem da cabeça. Ou posso simplesmente falar com toda sinceridade que a menina que está me apalpando com a mão. Será que ela gostará de ouvir tais verdades? Quem olha para olhar a minha situação ver que a jovem e inocente está apertando meu pênis para saber se é grande ou pequeno, mas a culpa é minha, porque algo me diz que isso não é algo que uma jovem menina inocente faria. Mas sou o mais velho e perdi o controle da situação, por isso sou o culpado. Mas em minha defesa agarota é completamente doida! Entretanto não há defesa para mim.

- Minha senhora...

- Sua senhora porra nenhuma, não sou nada sua e senhora está no céu! - Diz me cortando e apontando o cabo de vassoura em minha direção. Vejo que há pessoas saindo para fora de suas casas. - Agora me explica que pouca vergonha é essa aqui?

- Mãe, ele trouxe-me até em casa porque fui assaltada e ainda cai na poça de água suja. Não levei meu celular com medo de ser roubada por isso não liguei. - Ela tenta explicar a mãe exasperada.

Até aí estou entendendo, só não entendo o que sua mão estava fazendo no pinto do homem. - Fala batendo o pé no chão e mexendo o cabo de vassoura para lá e para cá. Sinto que esse cabo de vassoura é uma arma mortal que será usada contra mim. E nem culpado sou.

- Fui para pegara chave que estava no bolso dele, aí sem querer minha mão bateu no pênis dele. - Fala a doida. - Mãe, ele é um delegado federal que me ajudou após eu ser assaltada e ainda me trouxe até aqui.

- Delegado federal? - Pergunta a dona. - Por qual motivo um delegado federal te ajudaria?

Estou me fazendo a mesma pergunta nesse exato momento. Não era para ter tirado o dia para ser uma boa pessoa, era para ter lhe deixado naquela maldita poça de água suja, mas por alguma razão quis fazer algo benevolente, e acabei nessa situação desnecessariamente ridícula. Respiro fundo para não parece ser uma pessoa muito grossa com a senhora.

- Ajudei sua filha como qualquer cidadão deveria fazer. Existe uns maus entendidos? Existe! E por isso peço desculpas por não ter me apresentado antes devidamente Arthur Sokolov, delegado federal do estado do Rio de Janeiro. - Falo estendendo minha mão a senhora que pensa bem antes de pegá-la.

- Solange Santinni mãe da Laura. - Diz tentando apertar forte minha mão. - Seu sobrenome fala estranho assim mesmo?

-É russo. - Respondo já acostumado com essa pergunta.

- Entendo então seu Artur, minha filha está entregue. Obrigada pelo seu ato de bondade. - Diz seca.

- Mãe achei que estaria em cabo frio, não aqui com esse cabo de vassoura. - Laura diz ainda dentro do carro. Por que mesmo ela ainda não saiu?

- Cheguei agora de manhã. Amanhã trabalho. - Responde já mexendo a vassoura para lá e para cá. - Aguardo você lá dentro em três minutos Laura. - Diz isso e sai andando para dentro.

- Seu delegado, muito obrigada! Sou extremamente grata por me trazer em casa! - Diz agora apertando minhas coxas. - Nossa! Elas são firmes!

Retiro suas mãos de cima de mim. Essa garota é tarada por natureza, deveria prende-la por assédio, porém, ela seria minha derrota na delegacia. Deixe-a por aqui mesmo. Longe da minha pessoa.

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