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Em algum lugar de New York

A máscara de raposa japonesa foi iluminada pela luz vinda da janela mais próxima, brilhando como um vaso de porcelana branco. Os cinco homens se aproximaram dele sentado em uma poltrona italiana de couro marrom. Seus passos ressoavam pelo prédio vazio parecendo serem mais de cem.

Ele sinalizou com a mão para que falassem descruzando as pernas. Apoiou a cabeça na mão esta escorada no braço da poltrona. A única parte visível de seu rosto eram os lábios presos num sorriso felino semelhante ao das mascaras, e o queixo imponente. O terno caro emitia um reflexo sedoso na luz.

— Ele está com a mulher de novo. — disse o do meio verificando as balas da arma.

O sorriso sumiu. Ficou de pé revelando seu rosto, imediatamente se afastaram, o sapato lustroso emitia um som de passos fortes como de um leão na selva pronto para derrubar um elefante. Ele passou as mãos nos cabelos enfurecido. Na lapela do terno um broche de ouro no formato de cobra com olhos de jade ligado ao bolso por uma pequena  e delicada corrente de borla, balançou batendo no peito ao se virar bruscamente para lançar um copo de uísque na parede.

— Quanto a ela o que devemos fazer?

Voltou a se sentar a manga do terno subiu revelando parte da tatuagem em seu antebraço esquerdo. Um dragão chinês com a calda enrolada em seu pulso.

— Por enquanto nada. Hemerich estará na festa, claro que acompanhado pela noiva, o encurralem sem a mulher e sem ninguém ver.

— Iremos a festa? Como entraremos sem o convite?

— Cuidarei disso.

— Chefe. — um chamou batendo na mascará. 

— Ele não os reconhecerá, precisamos levá-lo para um lugar isolado onde estarão de mascará. — Coçou o queixo. — Precisamos dar um passo maior na festa antes que ele consiga se casar.

— Não seria uma boa ideia durante o casamento?

Estalou a lingua incomodado.

— Se ela acabará ficando viúva, porque precisará se casar com ele?

Se entreolharam e riram, as risadas se fundindo e vibrando pelo prédio.

— Continuem vigiando cada passo dele ainda mais agora que descobriu as escutas. Precisamos pegá-lo desprevenido e sem a mulher.

— O que pretende fazer com ela? Porque devemos recuar quando estão juntos?

Ficou de pé enfiando as mãos nos bolsos. 

— Enquanto estiverem juntos serão o holofote e queremos o pegar sozinho sem testemunhas. Além disso — O sorriso felino retornou aos lábios. — quero aquela mulher. Quero tudo o que Hemerich tem, principalmente sua noiva.

O coração do CEO que destruirei - Duologia Ceos Apaixonados 1Onde histórias criam vida. Descubra agora