A aventureira

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#welcometowarriors

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Não faz nem sequer um dia que estou aqui e já vi que a minha grande aventura pelo jeito não vai ser tão grande assim.

Depois de falar com a bola flutuante fofinha e acordar em um beco mal iluminado, me senti à vontade para explorar um pouco mais o que havia na região.

E bem... Digamos que não foi a minha melhor ideia.

Quando estava prestes a sair por um dos lados do beco, vi um homem alto e musculoso atirando em diversas pessoas que passavam por ali. Pude notar quase que em câmera lenta quando seu olhar cruzou o meu e ele levou a arma em minha direção. Em meu olho direito pude ver uma série de informações do homem que, como se eu já não tivesse notado, é muito habilidoso, pelo jeito principalmente com armas.

Minha única ação foi sair correndo para dentro do beco novamente, indo direto para trás de um amontoado de latões de lixo. Tentei me esconder o máximo possível ali.

Poxa, universo?! O que custava colaborar só um pouquinho?

Ouvi os passos do homem se aproximarem do local silencioso. Meu corpo inteiro estava tremendo, minha respiração extremamente desregulada e me sentia a um passo de ter uma crise de ansiedade na frente do tal Dwayne Johnson, que caminhava ao meu encontro para cuidar diretamente de minha morte.

As pessoas costumam dizer que quando você está prestes a morrer, a sua vida inteira passa diante dos seus olhos como um filme. Não pude deixar de pensar em tudo o que me aconteceu até agora.

Desde o momento em que eu era uma criancinha que não tinha a menor noção da vida e acabou perdendo a irmã recém nascida por uma nova doença surgida, até a minha decisão de entrar em Warriors.

Desde muito cedo aprendi a valorizar a vida, seus pequenos detalhes e momentos.

Nunca tive muito, na verdade, se fosse para entrar nesse tópico, apesar de meus pais sempre se esforçando para ter o mínimo de sustento dentro de casa, muitas vezes não tínhamos nem o que comer. Acho que esse é o principal motivo que me faz valorizar as coisas. Quando você tem pouco, um mínimo já te faz a pessoa mais feliz do mundo. Apesar de tudo, sempre fui grata por tudo o que tive, principalmente por meus pais.

Eles sempre foram pais excelentes. Nas vezes em que não se tinha muita comida, tiravam do próprio prato para servir o meu e de minha irmã mais velha. Eles sempre acharam engraçado o meu jeito de ser, diziam que eu tinha todos os motivos do mundo para ser o total oposto do que eu sou. Amavam o fato de eu ser doce e alegre praticamente em todos os momentos. A minha positividade sempre foi a energia que mantinha um sorriso no rosto deles, e de certa forma isso também me dava energia.

Quando tive idade o suficiente para começar a trabalhar, consegui um trabalho de meio turno para ajudar em casa e além disso ainda estudava durante a manhã. Sempre dizia que a nossa situação iria melhorar, que eu iria estudar e ser uma grande jornalista, iria lhes dar uma linda casa e compensar todos os anos em que tiveram que viver na situação em que estavam.

Sempre guardei uma pequena quantia do que eu recebia, então quando terminei o ensino médio, já tinha uma boa quantidade de dinheiro guardada que seria destinada à minha faculdade. Fiquei extremamente feliz por finalmente poder começar a realizar meu sonho, então assim que tive a chance me inscrevi na melhor faculdade que estava ao meu alcance, só que ficou difícil com o tempo. O dinheiro que eu tinha guardado não durou muito tempo devido ao alto custo da faculdade, tendo que pagar transporte e alimentação ficava ainda pior. Mesmo que eu ainda trabalhasse, precisava ajudar em casa também, então acabei trancando os estudos no meu segundo semestre.

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