O EXÉRCITO DE CUCETAS

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         Enquanto os valorosos defensores da província de Maranhaum se reuniam, do lado oposto, o exército do Viatizador andava em ritmo de marcha atlética, rebolando e cantando pelas terras áridas que iam sendo regadas ao longo do caminho pela nuvem que jorrava uma chuva de purpurina, todas as soldados, soldodas, ou soldades (se você for mongol), quer dizer, todos os soldados faziam essa marcha de salto agulha, não eram apenas os passos que estavam sincronizados, havia também uma jogada de cabelo, era uma jogada de lace, estilo Joelma, na verdade. A cantoria alegrava o exército, esbanjando exuberância, glamour e muita viadagem por onde passavam, cada um daqueles soldados, eram antigos machões dos arredores da província, aqueles que outrora tinham hábitos de bebedice e brigas vãs, agora desfilavam com vestidos insinuantes, com lascas que simplesmente rasgavam praticamente toda perna, revelando suas coxas. Estes brigões agora eram cucetas, seus paus haviam encolhido a tal ponto, que simplesmente vieram a sumir, antes eram todos putos, ávidos frequentadores de puteiros, agora se arreganhavam uns para os outros, mas eles não conseguiam nem se foderem, era uma situação lastimável, além disso, ainda havia o controle mental que o Viatizador exercia sobre eles, as cucetas eram seres completamente dominados pelo nefasto espírito de Da Cú e Tulius. 

- PA-REM, STOP, todas vocês, vamos organizar isso aqui, vamos chegar pra tombar, nunca na galáxia que vou deixa-las chegar assim,  isso aqui ta uó. Alinhadas, vai ser um bafão, as amapô vão ficar com inveja, vamo fazer carão que até ocó vão ficar é besta. - falou o Viatizador, instruindo as cucetas.

          O exército da Cúpula marchava também, barris de Skolkota eram distribuídos, porém não havia clima de balbúrdia (ainda), as cervejas levadas eram de uma safra especial, rica em potássio que fortaleciam os ossos. Deste lado a marcha era militar, ouviam-se de longe o som de cada pisada no terreno árido, pequenos tremores de terras podiam ser sentidos em um raio de 4 quilômetros,  exército era bem numeroso, se equiparava ao do Viatizador, o embate certo seria no Vale do Cúaceso, onde segundo as lendas haviam dois vulcões, um de cada lado, em constante erupção.

          O cenário já estava definido, os exércitos prontos, as espadas, os leques, os escudos, as bolas de queimada, tudo o que poderiam conter em uma batalha épica entre dois mundos, estariam lá presentes, onde um subjugaria o outro, os rumos das terras baixas estão em jogo, a terra como era conhecida corre o risco de nunca mais existir, não passando de uma vaga e doce lembrança dos tempos de outrora, onde a putaria e bebedice reinavam. Sir. Fudeus, defenda teu legado, nossa libertinagem, a esperança de um mundo melhor, sem pronomes neutres, *neutros, estão nas suas mãos.

As Crônicas de Sir Fudeus - Livro II - A Batalha Contra O ViatizadorOnde histórias criam vida. Descubra agora