Quando ela disse isso, senti uma onda de segurança. Alguns minutos atrás, eu a odiava, e agora me sentia protegida ao seu lado. Era uma mistura intensa de emoções.
**S/N POV**
*Alguns momentos antes...*
Estava tudo tão agradável, mas eu mal podia acreditar que teria que jantar ao lado de Khloé. Era patético, mas, por outro lado, eu poderia atormentá-la. Era evidente que ela não estava à vontade ao meu lado; imagina jantar também! Como uma pessoa adorável que sou, não poderia perder a oportunidade de fazer graça com a cara dela até não poder mais ou deixá-la irritada.
Estava curiosa, pensando por que Khloé demorava tanto na cozinha.
"Eu preciso ir atrás dela; essa é minha única chance de infernizar a vida dela."
— Licença, será que eu poderia usar o banheiro? — perguntei, um pouco envergonhada, enquanto os garçons terminavam de servir o jantar.
— Claro, querida! Temos banheiros por toda a casa. O mais perto daqui fica no final do corredor, passando pela cozinha, na última porta. — Mama Kris sorriu de forma amigável.
"Olha, não é que a senhora é realmente um amor?" — pensei, sorrindo e deixando a sala de jantar.
Procurei Khloé nos cantos daquela casa gigantesca quando me deparei com uma voz familiar.
"Bingo, era ela."
Quanto mais me aproximava da cozinha, mais a voz se tornava alta, mas notei alguns diálogos estranhos.
— Me solta! Você está me machucando!
Não podia acreditar no que estava vendo. Tristan estava segurando os braços dela e a apertando, além de ameaçá-la.
Não poderia deixar aquilo acontecer sem agir.
— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? SOLTA ELA AGORA!
**Narrador On**
S/N percebeu que Khloé estava muito nervosa e a abraçou até que ela se sentisse confortável para se levantar e voltar à sala.
— Eu não vou deixar que ele te machuque, nem você nem a True. Eu prometo.
Um milhão de pensamentos se passaram pela cabeça de ambas. Dez minutos atrás, se odiavam, e agora estavam abraçadas no chão da cozinha.
**Khloé POV**
Estava tentando me recompor depois de tudo o que havia acontecido naquela cozinha.
— Você está melhor? — disse S/N, ainda me abraçando.
— Acho que sim... — respondi, com a voz fraca.
— Você ainda quer ficar aqui? Posso te levar para casa se você se sentir mais segura.
Ela realmente estava tentando. Eu me sentia confortável ao lado dela. Era um lado dela que eu nunca tinha visto.
— Precisamos voltar para a sala de jantar...
— Não, não precisamos. Você não está em condições de voltar para aquela mesa. Ou eu te levo para casa, ou não te deixo sair daqui. — S/N me olhou séria. — Ou vamos para casa ou para a delegacia. Aliás, eu deveria ter chamado a polícia quando vi ele fazendo isso.
— Okay, você pode me levar para casa, mas, por favor, não conte para ninguém sobre o que aconteceu aqui. É a única coisa que eu peço. Minha família vai surtar, e isso vai sair na mídia e se tornar um caos. — falei, encarando-a. — Não quero que minha filha cresça e leia essas coisas.
