Prólogo

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Luzes de várias cores iluminavam uma grande arena em formato hexagonal, com portas em cada uma de suas extremidades. Ao redor haviam arquibancadas com centenas de pessoas. O lugar estava totalmente lotado. Todos pareciam estar ansiosos esperando por algo. No centro do hexágono, 6 poltronas estavam organizadas em círculo viradas para o público.
Grandes telões se distribuíam pelas paredes do lugar, de maneira em que todos pudessem assistir pelo que estava prestes a acontecer ali. De repente, uma mulher usando um terninho escuro elegante surgiu dentro da arena. Ela era altamente fina, tinha os cabelos bem pretos e preso por um coque. Na mão direita ela portava um microfone, e na outra uma folha com algumas coisas escritas.
— Sejam todos bem vindos ao décimo torneio de Extremo, o jogo que te leva ao limite — disse a bela mulher de forma carismática.
A plateia então aplaudiu de pé.
— Como todos vocês já sabem, um dos seis proclamados deste ano levará 1 milhão de dólares para casa – falou um homem que surgiu ao lado da bela moça. — Eu sou Paul Brooks.
— E eu Scarlett Wright. E juntos vamos apresentar para vocês todos os detalhes da competição.
— Que tal começarmos apresentando o primeiro proclamado, Scarlett? — continuou o homem. – O primeiro competidor é conhecido como o cabeça fria: Eliot Coleman de Ohio, Estados Unidos! 
No grande telão, foi exibida todas as informações sobre o garoto: Idade, nome, cidade natal e habilidade de seu avatar.
O garoto de 14 anos então entrou de forma desinibida e carismática no lugar, ele aparentemente estava nervoso, mas conseguiu esconder muito bem. Deu um leve tropeço em meio ao trajeto até a poltrona que estava com seu nome, sorriu sem graça e sentou enquanto a plateia caía na gargalhada. 
— Nossa próxima proclamada veio diretamente de Tóquio no Japão, quero apresentar para vocês, Akemi Takahashi! — Exclamou Scarlett.
 De uma das portas da arena, surgiu uma menina de óculos rosa, muito estilosa e carismática. Ela foi até sua poltrona com um sorriso de lado bem confiante, e por alguma coincidência no momento, tocava Kill this love do grupo Black Pink, sua banda favorita.
Outros 4 nomes foram anunciados em seguida: Pierre Payet da França, Ava Brooks da Austrália, Benjamin Flores do Brasil, e Anaya Knosi da África do Sul. Quando todos os jovens se acomodaram em seus lugares, surgiram algumas pessoas mascaradas usando macacões pretos. Elas eram assistentes da empresa que entraram na arena para arrumar os competidores, colocando seus medidores de batimentos cardíacos e capacetes de realidades virtual. Quando tudo já estava pronto, todos os telões mostraram uma contagem regressiva.
— Contem com a gente! — disse a apresentadora do evento. — Cinco, quatro, três, dois....
Antes da contagem chegar à zero, um apagão tomou conta do local, fazendo os telespectadores se agitarem. Aquilo nunca havia acontecido antes, e parecia ter algo de errado rolando. De repente, todas as luzes ascenderam novamente, os telões agora estavam ocupados por um rosto mascarado. A máscara era bem sinistra; os olhos eram um x, e a boca um sorriso bem largo.
— Sejam bem vindos ao melhor torneio de Extremo deste ano. — falou a pessoa mascarada com uma voz robotizada.
A plateia foi à loucura, achando que aquilo se tratava de uma performance criada pela empresa.
— Algumas regras foram mudadas este ano — falou o mascarado. — Todos podem vencer o jogo se chegarem até o final intactos, entretanto, se o grupo todo sofrer game over, infelizmente o vírus altamente destrutivo implantado no sistema da Reality World irá explodir tudo isso aqui.
O público começou a se agitar entrando em pânico. Aquilo nem de longe parecia ser algo bom, ou uma performance criada pela empresa. Algumas pessoas que trabalhavam no local começaram a correr de um lado para o outro, como se estivessem buscando uma solução para resolver o problema.
A história de fato não começa por aqui, é preciso voltar alguns capítulos para que fique tudo bem esclarecido...

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