¡𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄!

24 4 5
                                    

— 𝐉𝐔𝐑𝐀𝐒𝐈𝐂𝐎 𝐔𝐌, Jurassico um, responda! Aqui é a base da Ilha Nublar. Câmbio. — disse uma voz grossa do outro lado da linha.

— Base, aqui é Jurassico um. — uma mulher respondeu e então o homem prosseguiu.

Emergência! Hostis em perseguição! Dois aliados precisam de resgate imediato!

— Entendido, base! A caminho.

Um homem ofegante e sujo de terra se aproxima e pega em seu braço, a puxando por entre as árvores. Estão fugindo de algo. Passos rápidos de patas grandes podem ser ouvidos de longe, estava se aproximando cada vez mais. A adrenalina no corpo estava alta e o coração, em consequência, disparado. Pararam em uma parede de pedras, troncos de árvores caídos por todos os lados, o homem acenou com a mão para que esperasse, e foi o que fez. Ouvindo os passos se dissiparem, pensou ter escapado, mas o que os estava caçando, era mais inteligente. Olhava de um lado para o outro e nada, o silêncio dominava o ambiente, junto das respirações ofegantes e corações a mil.

Quando pensaram estar realmente livre da perseguição, algo saltou para cima do tronco mais próximo de si e os assustou. Um Velociraptor. Um dos dinossauros mais inteligentes já conhecidos. Caçam em bando e usam estratégias avançadas de caça. O animal parecia estar sozinho, então começaram a correr para o lado oposto, mas o bicho chamou por ajuda fazendo um barulho alto. Em menos de segundos, os outros raptores estavam ali, prontos para pegá-los. 

Saltando de uma altura de cinco metros, caiu em cima de alguns ossos de raptor, como o fêmur, pelve, uma câmara de ressonância, entre outros. Se levantou e continuou correndo, com um passo incerto, acabou escorregando num rio raso. Tentou dizer ao homem para disfarçarem o seu cheiro no rio, mas quando subiu o olhar, viu os raptores atacando o homem que havia a puxado para fugir, já era. Ele morreu. Pensou continuar correndo, mas os raptores já tinham ido, carregando o homem, em pedaços, pela densa floresta. Ali onde havia caído, começou a se levantar quando viu uma sombra alta e grande, mesmo com medo, olhou para trás.

— Merda — um tiranossauro estava ali, olhando para si, pronto para abocanhar a primeira coisa que se mexer. E em segundos, tudo o que viu foi o interior da boca do animal. 

A tela do computador piscava freneticamente dizendo à Mila que havia perdido novamente. Jurassic World Game, o jogo que dizem ser impossível vencer. Mila estava tentando concluir o jogos fazia semanas, mas tudo sempre terminava em seu personagem sendo engolido por algum dinossauro. Se vencesse, poderia passar dias no parque, de graça!

— Que droga! — Disse a garota com os óculos de realidade virtual presa em seu rosto. Seu irmão mais velho, Bryan, bateu na mesa da garota e emitiu, com a boca, um barulho parecido com um grunhido, o que assustou a ruiva e fez o mais velho rir. — Não teve graça Bryan. — Tirou os óculos e olhou para o irmão com um sorrisinho besta estampado no rosto. Bryan e Aimee só não eram gêmeos por nascerem com três anos de diferença, mas eles são idênticos, olhos, cabelo, boca, nariz e até o jeito de falar era parecido.

— Nah, você sabe que tem graça. — Retrucou o mais velho. Aimee ia pegar o mouse do computador e reiniciar a última fase do jogo, mas Bryan empurrou a cadeira a fazendo largar e parar no pé de sua cama, com os braços cruzados e com uma expressão de tédio no rosto.

— A qual é, maninha! Os dinos pegam você e esse velho toda vez. — Falou Bryan pegando uma revista sobre o jogo e folheando as páginas.

—  O nome dele é Dr. Meriwether.

— O nome dele devia ser "Jantar".

— Bryan, eu to tão perto. Se eu conseguir passar pelo T-rex, eu venço o jogo e ganho a...

𝐉𝐮𝐫𝐚𝐬𝐬𝐢𝐜 𝐖𝐨𝐫𝐥𝐝: 𝐂𝐚𝐦𝐩 𝐂𝐫𝐞𝐭𝐚𝐜𝐞𝐨𝐮𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora