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benim o dövmeyi görmem lazım.
"eu preciso ver essa tatuagem."

e d a

Seria um erro deixá-lo ir. Eu havia jurado com todas as forças que não o deixaria entrar em minha vida de novo. Que ele não bateria em minha porta e eu não abriria meu coração sem a certeza que eu não sofreria tudo de novo. Havia erguido um muro bambo e sem qualquer estrutura incapaz de aguentar todo o sentimento avassalador que eu nutria por Serkan. Eles nunca me deixaram, sempre estiveram ali, na espreita, apenas esperando que um dia ele retornasse para que pudessem reaparecer. Ter feito essa promessa foi o maior erro que eu poderia cometer. Era óbvio, até mesmo para um tolo, que meu coração sempre e unicamente pertenceria à ele.

Quando Serkan me perguntou quando eu havia retirado a tatuagem que fizemos juntos, anos atrás, uma parte de mim quis se debulhar em lágrimas por tudo o que vivemos e foi jogado fora, e o que havíamos deixado de ser juntos quando nos separamos. Mas a outra parte, a parte que amadureceu a aprendeu a viver sem sua presença, quis entrar em erupção com suas palavras.

Como eu lhe disse, eu apenas a movi para onde meus olhos não pudessem vê-la a todo instante. Para que toda vez que eu olhasse para minha mão, não lembrasse das suas nas minhas, do seu toque, do quanto eu o amava e do que aquele pequeno rabisco significava para nós.

Se os olhos não veem, o coração não sente, certo?

Errado. Não havia um minuto sequer em que eu não me lembrasse. Dele. De nós. Do nosso amor. E foi assim por meses, até reencontra-lo no jardim do hotel.

Abro a porta na intenção de chama-lo, gritar por seu nome se fosse preciso. Eu o queria. Não queria mais lutar contra tudo isso. Eu queria ter tudo o que ele me ofereceu. Queria acordar sem precisar expulsa-lo da minha cama. Queria que minha filha tivesse um pai e que pudéssemos ama-lo juntas. Queria ter de volta o que tínhamos lá no começo, todo aquele amor que iluminava os meus dias e me provava que a vida era boa para ser vivida.

Por semanas o fiz implorar por meu perdão quando ele o já tinha. Sempre o teve.

Seu semblante ao me encarar na porta reflete o meu. Ele também está cansado de lutar.

– E eu preciso que você a veja.

Exponho todo meu corpo ao abrir a porta ainda mais e o convido para se juntar a mim. Sem que palavras precisem traduzir o meu pedido, Serkan rapidamente dispensa o motorista que nos trouxe, colocando um pé para dentro do hall de entrada e logo suas mãos agarram minha cintura, colando cada pedaço de mim junto de si. Sua boca recai sobre a minha e o que era para ser um beijo calmo e reconciliador, se transforma em lábios famintos, despertos para recuperar o tempo que se passou.

– Sen çok seviyorum, Eda. – Ele diz, as palavras quase se atropelando na boca. Fecho a porta com Serkan atrás de mim e quando volto meu olhar para ele, seu semblante é feliz. Serkan sorri tão lindamente e me derreto com seu olhar. – Nós...

– Não. – Volto a colar minha boca na sua para impedir que ele continue. Ele não iria falar nada por enquanto. Não quando estávamos sozinhos e podíamos recomeçar do zero naquele mesmo instante. – Não fala nada. Não... só... continua. Vem.

Pego sua mão e o arrasto para perto da escada circular, em direção ao meu quarto. Não que ele já não soubesse, mas eu queria guia-lo até lá. Queria que ele soubesse que a partir daquele momento tudo estaria aberto para que ele pudesse entrar. Ele já havia entrado e feito morada no coração da nossa filha. Agora era a sua vez de reabrir a porta do meu e trancá-lo, jogar a chave fora e nunca mais sair.

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