Portgas D Ace {Reescrevendo}

Bobeira na Cama

Chuva! Eu gosto muito até... Só não gosto porque não fico com vontade de sair da cama. Morar em um navio tem suas complicações, principalmente na chuva

Quando eu e Haruta éramos mais novos, vivíamos brincando, pulávamos nas poças de água, faziamos guerrinhas, e rolavamos no chão. Marco não curtia ir, porque sabia que ficaríamos doentes, e uma tripulação não precisa de um médico doente...

A tripulação fica bastante tempo no quarto, dentro do refeitório, ou em outras salas que tem pelo navio, o pai fica deitado em seu quarto, é ótimo ficar lá com ele! Na porta do refeitório sempre tem um tapete no chão, e uma toalhinha ao lado, porque sempre chegamos lá molhados

Hoje é um dia assim, todos já haviam almoçado, o barulho da chuva batendo na madeira do navio e no grande mar que nos cercava é tranquilizante e constante, o céu esta em um tom cinza

Ace e eu estamos no quarto, ambos deitados, tem um espaço entre a gente

- pega um cobertor lá no armário - falei manhosa

- vai você - ele falou no mesmo tom que eu, e enfiou a cara no colchão

- tô com preguiça - me virei para encarar o teto - AAAAAAAA - gritei na tentativa de espantar todo o sono do meu corpo

- tá ficando doida? - ele levantou um pouco o rosto

- eu não consigo levantar - olhei pra ele com um bico em meus lábios

- vem aqui - ele colocou a mão na minha cintura e me puxou, fazendo nossos corpos colarem e seu rosto ir de encontro aos meus seios

- você é quentinho - disse abraçando seu corpo com um sorriso nos lábios

- sou? - ele levantou seu rosto pra encarar o meu

- uhum - concordei, e ele me deu um selinho

- a gente podia fazer né?! - me olhou com cara de dó

- não! Você não quis pegar um cobertor!

- Depois eu que faço biquinho - ele olhou para os meus lábios

- peguei essa mania de você! - roubei um selinho dele

- Dormir depois de comer é a melhor coisa que existe - ele bocejou

- você dorme durante a refeição Hahahaha

- É involuntário! - ele fez bico, mas logo corou e enfiou o rosto no meio dos meus peitos, de forma rápida

- Que foi? - comecei a fazer cafuné em seu cabelo

- Fiquei com vergonha... - sua voz saiu abafada

- Porque? HAHAHAHA! Nós sempre brincamos com isso, oque deu em você agora?

- Não é disso que eu tô falando - ele levantou seu rosto pra mim, ele encarava meu sorriso enquanto suas bochechas continuavam coradas - Só acho que... Sei lá... Do nada caiu a ficha

- Que ficha? - continuei com o carinho em seu cabelo

- Que você é minha - ele olhou em meus olhos

Posso ter certeza que eu estava da cor de um tomate

- Porque isso do nada? - olhei pro lado, na tentativa de não ver seu rosto

- Sei lá... - ele disse se virando e me levando para deitar em seu peito. Suas mãos foram de encontro ao meu cabelo - eu te amo...

Olhei pra ele, não estava mais corada, estava feliz, meu coração se aqueceu

- Também te amo - levantei meu rosto e ele segurou alguns fios de cabelo da minha nuca, me puxando para um beijo

Um beijo carinhoso, sem malícia, apenas um mostrando ao outro a calmaria e a paz que se encontravam naquele momento

- QUE TEDIO - gritei quando me afastei, estou sentada em sua barriga

- Para de gritar - ele falou com voz de sono

- Um cervejinha agora... - olhei pra porta

- Alcoólatra

- Se eu te falar que ainda tô com fome? - olhei pra ele que estava com os olhos fechados, seus braços estavam esticados

- QUE? - ele me olhou - acabamos de comer... - fez uma cara de pensativo

- Você também tá com fome né? - sorri

- Um pouco hahahahaha - ele riu

- Tatch vai matar a gente - estiquei meus braços, na tentativa de afastar o sono

- Ele não precisa ficar sabendo... - Ace sorriu diabólico

- Pois é... - sorri de volta - Um brigadeiro agora seria maravilhoso

- Para... Só está me deixando com mais fome - o moreno murmurou. Percebi que ele fazia um carinho por minhas coxas com ambas as mãos

Aproveitei a sensação e escondi minha cabeça em seu pescoço. Suas mãos subiram para as minhas costas

Deixei alguns selinhos em seu maxilar em resposta... Não tinha malícia ali, era apenas uma demonstração de amor através do contato físico de nossos corpos