3- Welcome Home.

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"Quer jantar comigo amanhã à noite? Poderíamos dançar depois o que acha?"

"Você dança?"

"Se supreenderá com tudo o que posso fazer".

E ela ficou corada diante da ambiguidade da frase.

A semana se passou e cada dia Camila ficava mais intrigada. Lauren não fazia nada além de beijá-la. Certo que os beijos estavam cada vez mais intensos, e ela sempre a levava as alturas com os lábios, mas não passavam de beijos.

ela não a tocava ou tentava tocar, não insinuava nada, não a convidava para a casa dela, nada que indicasse que teriam sexo.

Ela ficava cada vez mais tensa sobre quando iniciariam de fato as aulas sobre as quais falaram.

Era domingo, estavam voltando de uma boate. Camila estava meio alta pelo vinho que tomara. Lauren era uma companhia adorável, sabia fazer rir como também sabia ouvir nos momentos certos.

" A regra numero dois diz: Confie em mim"

"Não disse que não confiava em você, apenas quero saber para onde vou".

"Vai para o céu".

Foi tudo o que ela disse.

Camila não a questionou mais, apenas recostou o rosto ao vidro do carro e observou a paisagem.

O carro de Lauren diminuiu a velocidade e entrou no estacionamento de um prédio.

"Onde estamos?"

Ela indagou.

"É hora de minha namorada conhecer minha casa".

"Conheço sua casa, e não é essa".

"Esta é minha outra casa". - ela disse.

"Seria esta a casa onde você leva sua 'namoradas' para encontros nada inocentes? " - Ela perguntou alfinetando-o.

"Não - ela foi firme - Não costumo namorar Camila. Minhas conquistas eu prefiro levar a motéis. este lugar é muito intimo e eu gosto de tratá-lo como meu santuário. Esta casa foi de meus pais. - ela continuou - Como ambos estão morando nos Estados Unidos agora, ficou para mim. Venho aqui quando quero paz".

Ela ficou vermelha com a resposta dela.

"E o que estou fazendo aqui".

"Está me conhecendo. Conhecendo todas as partes que me compõem. Quero que você seja capaz de me traduzir Camila. Entre nós deve prevalecer o máximo da intimidade, Só assim funcionará."

"Lauren eu gostaria de saber o que você preten..."

Mas a frase foi suspensa e esquecida quando ela encostou o dedo indicador em seus lábios.

"Agora chega Camila, é hora de se calar. Estamos aqui por um bom motivo. Teremos nosso primeiro contato intimo. Queria que as coisas fluíssem, mas você não é nada fácil de lidar".

"Você quer dizer que vamos..."

"Vamos" . - ela disse "Mas não há necessidade de nomearmos isso, ainda não sabemos qual será o desfecho. Preciso que entenda que há muitas maneiras de se fazer sexo". - ela disse isso e se dirigiu ao bar da sala servindo-se de Whisky - "Aceita"?

Ela afirmou, já estava bastante nervosa.

"Existem linguagens de baixo e alto calão para denominar o ato sexual, o fato é que todas elas o definem bem, dependendo da situação." - ela entregou a bebida a ela - "Podemos fazer amor, se o ato for calmo e gentil, podemos transar se ela for sensual e intenso se for carnal. Sexo romantico, sexo selvagem, não importa. Apenas o denominamos no fim, quando finalmente entendermos o que fizemos. Compreendeu?"

Ela afirmou. A respiração cada vez mais desregrada com as palavras que ela proferia.

"A primeira coisa que vou fazer é mostrar a você o que eu costumo chamar de ritual de reconhecimento. Irei reconhecer seu corpo, assim como você reconhecerá o meu. Vou explorar você, com minhas mãos, minha boca e minha pele. - ela dizia cada palavra olhando nos olhos dela - E você tentará se libertar de seus pudores e recatos e fará o mesmo em mim".

Ela continuou parada. ela se aproximava cada vez mais, Já podia sentir o doce aroma do seu hálito, mas Lauren recuou. Ela não compreendeu, mas logo o viu baixar a luz do quarto.

"Vamos tornar tudo mais interessante Camila. Vamos brincar com os sentidos. O ato sexual tem tudo haver com exploração de sentidos".

ela voltou-se para ela, mas antes se deteve em uma escrivaninha pegando algo de dentro. Quando já estava próximo o bastante, mostrou-se a venda preta que trazia na mão. Ela recuou dois passos.

"Não". - ela disse simplesmente e ela voltou para o lugar.

Lauren prostrou-se em frente dela, com o semblante sério e carregado.

"Esta é sua chance de desistir, cachinhos negros. - ela disse com suavidade apesar da dureza em sua face - Se não quiser prosseguir, pare e recue agora. Mas adiante não a deixarei me deter, se persistir nas...aulas...Terá que seguir até o final disto. O que me diz".

A respiração dela era irregular e pesada.

Sempre imaginara Lauren como uma amante quente e sensual, mas agora que estava diante dela, e conhecia a verdade, soube que ela era muito mais que isso.

"Pode Continuar".

A ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora