Do ódio ao amor -Rafe Cameron

Reencontro

Estou na varanda rindo, conversando e fumando um com meus amigos como de costume, até ver duas garotas vindo em nossa direção, como estão de longe eu só localizo uma delas, Sarah, mas quanto mais se aproximam um rosto familiar me vem a mente, me levando sem acreditar no que estou vendo, empurro a porta rápido e corro ate seus braços. 

JJ- S/N- toco em seu rosto para ver se é a mesma, quando toco em sua cicatriz na testa, feita por uma lutinha nossa, sei que é, sem nem pensar a abraço, o qual não sinto que foi retribuído.

Não acreditei quando o vi, estava tão diferente, quando pisquei estava em minha frente, veio me dar um abraço , não sei oque houve , mas não consegui retribui-lo e acho que ele percebeu, pois logo sua feição já mudou de felicidade pra preocupação, as pessoas atrás dele estavam em completo silencio , como se não estivessem ali, apenas observando a situação.  

JJ- o que aconteceu? você esta bem? porque está aqui? - são tantas perguntas que quero lhe fazer e pelo visto ele também. 

S/N- Calma , uma coisa de cada vez, eu estou bem e estou aqui porque você sabe muito bem com o pai que nos temos.- olho para minha perna, ele direciona seu olhar ate a mesma. quando sobe seu olhar ate mim de novo da para ver a raiva e a culpa se formando em seu olhar , as palavras demoram para sair de sua boca. 

JJ- a culpa não é minha e você sabe disso, eu sinto muito maninha- sua voz sai com culpa e pena 

S/N- Não quero seu perdão e nem sua pena, você nem pensou em mim quando resolveu vim morar aqui, porque não voltou para me buscar? porque não me procurou depois de tudo? - sinto minha garganta queimar pela imensa vontade de chorar, mas tento ao máximo não mostrar isso.

JJ- S/n, as coisa são complicadas- vejo lagrimas se formando em seus olhos, assim como nos meus.

S/N- Complicadas? Serio isso? Eu estou com um corte em minha perna pq nosso querido papai bebeu de novo, se irritou e literalmente me jogou uma faca - assim que as palavras saíram da minha boca um forte abraço foi me dado, mas desta vez eu retribui- senti sua falta maninho.

JJ - Eu também pequena, eu também, mas agora vem, vamos entrar, tratar essa corte e também quero te apresentar a minha família aqui - ele segurou minha mão e me levou ate lá dentro enquanto eu secava minhas lagrimas. 

Sentei em um sofá vendo todo mundo se sentar ao me redor e me olhar com pena e duvida.  

JJ- seguinte galera, quero apresentar para vocês minha irmã caçula , s/n - ele se sentou ao me lado e me deu um sorriso alegre.

S/N- prazer pessoal - sorri simpática para todos, que retribuíram o sorriso se apresentando.

NARRADORA ON

S/n por mais deslocada que estava, estava bem e alegre por estar ali, seu corte estava sendo tratado e logo iria ficar melhor.

Conversas rolavam soltas, risadas altas eram ouvidas, naquela varanda dava para ver que a família estava mais completa ainda.

S/N- até que seus amigos são legais.- sussurro no ouvido de meu irmão que estava ao meu lado.

JJ- eu sei que são, você vai se encaixar rápido, eles gostaram de você - sussurra de volta para mim,  solto uma risada baixa porem feliz.

S/N- eu estava com tanta saudade de vc - o abraço de lado e deito minha cabeça em seu ombro como fazíamos quando criança. 

JJ- eu também- deita em minha cabeça -inclusive amanhã vou te levar para conhecer a ilha- me da um cascudo , me fazendo rir e lhe dar um tapa de leve no braço.

S/N- idiota- digo ainda rindo- adoraria conhecer a ilha.

o sol havia ido embora e as luzes da ilha já estavam acessa, a lua havia levantado, fui colocada em um quarto pequeno com uma cama de solteiro e um pequeno guarda roupa, como não durmo de pijama, a roupa que eu estava era um abrigo e uma manga curta preta, resolvi dormir assim mesmo , afinal, amanha vou sair e tentar comprar roupas novas, tomei um banho no banheiro pequeno e simples da casa, mas já foi o suficiente para eu dormir sem a sensação de sujeira.

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