Capítulo 9

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Passamos mais de duas horas na delegacia, até que meu advogado conseguisse fazer com que nos liberassem. Voltamos para casa em total silêncio e eu sabia que isso não era nada bom, quando paramos em frente da garagem e nos dirigimos para dentro de casa a gritaria começou.
- Que droga você e o Jonathan estavam pensando quando resolveram que seria divertido matar uma menina na porra de uma festa lotada!!? - Meu pai disparou e passou as mãos nos cabelos para tentar se acalmar.
- Não fomos nós droga! Eu já fui em um milhão de festas com o Jon, já bebemos o suficiente para esquecermos nossos nomes e NUNCA matamos ninguém, se tivéssemos feito aquilo teríamos lembrado. - Eu grito em resposta.
Desta vez quem fala é a minha mãe, ela está um pouco mais calma que meu pai, mas ainda sim dá para notar a preocupação em seu rosto.
- Este é o problema Maya, vocês não se lembram. Se ao menos lembrassem um pouco do que aconteceu naquela noite, já ajudaria a livrar a barra de vocês, até a analise da cena e da arma do crime serem concluídos. 
Eu não respondo, porquê não sei o que dizer. É verdade, nós não lembramos de nada, ninguém daquela festa lembra o que aconteceu. O que é muito estranho, mesmo que todos tivessem bebido nem todos esqueceriam o que aconteceu, tem alguma coisa estranha nessa história e eu vou descobrir o que é.
- Vá para o seu quarto e pelo anjo Maya se você se atrever a sair de casa hoje, mesmo que seja para ir visitar os Noir, nós.. - Minha mãe não deixa meu pai terminar a frase, ela faz um sinal para a escada e eu sei que é minha hora de sair de cena.
Eu amo os meus pais, mas as vezes, eles fazem promessa quando estão de cabeça quente e cumprem cada palavra do que disseram. Não estou afim de desafiar as ordens deles, por isso subo até meu quarto e fico deitada até minha existência voltar a fazer sentido.

As boas pessoas vão para o infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora