A Dor

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Atenção: Essa fanfic é a continuação de uma outra história minha chamada 'Névoa' e eu recomendo que vocês leiam névoa antes de ler Sunshine, ou podem ler depois, para ter um contexto maior.
Essa é uma fic com bastante peso emocional então leiam com calma e cautela, ok? Eu vou abordar o luto e tempo de cura, então se você é >sensível< eu peço que não leia, ou então leia com muito cuidado pois pode conter gatilhos, priorizem a saúde mental de vocês.
No mais, Sunshine é uma história muito linda, que precisava ser contada, vai ter dois capítulos, esse e o próximo que será postado amanhã, e eu espero que vocês gostem.
É importante que vocês leiam todo capitulo escutando 'I'll Never Love Again' da Lady Gaga. Leiam as notas finais.
Boa leitura!!
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Algumas coisas, uma vez que você as amou, tornam-se suas para sempre. 

E se você tenta deixá-las ir, elas dão a volta, e retornam para você.

Elas se tornam parte de você... Ou destroem você.

Harry Pov

A dor, é algo que é inerente a todo e qualquer ser humano.

Não há escapatória.

E eu achava que conhecia a dor e suas nuances, até senti-la de verdade.

Existem vários tipos de dor. Assim como existem vários tipo de amor, e vários tipos de pessoas.

Mas para mim, a pior dor, é aquela que paralisa você de dentro para fora.

A dor que jorra de todos os lugares, e de lugar nenhum.

A dor que faz você querer gritar, ao mesmo tempo em que tudo ao seu redor gira em um silêncio ensurdecedor.

E essa dor, eu só conheci depois de perder meu som favorito.

Eu poderia ter uma música favorita, uma comida, um objeto...

Mas não. O que me confortava e dava abrigo, era um único e simples som.

O som das batidas do coração de Draco.

E havia um motivo para que eu amasse tanto esse som, enquanto eu o ouvisse, poderia saber que tudo estava bem, que meu amor estava seguro, e que eu sempre teria um lar para voltar, um lugar seguro para me acolher da tempestade.

Esse som, tão ritmado, único e específico, era minha moradia.

O que me fazia sorrir, o que me confortava, me embalava para dormir quando estava com medo e me fazia sentir protegido.

Como todo ser humano que precisa pertencer a algum lugar, esse som me lembrava que eu pertencia a Draco.

Me lembrava que ele era minha morada, o meu habitar e segurança.

Mas eu não estava preparado para o momento em que esse som cessaria para sempre, deixando para trás, um silêncio angustiante e eterno.

Esse som era o escudo para a dor. E sem ele, ela se aproximou, forte, avassaladora, excruciante.

A dor levou embora tudo que eu possuía. Mas não de uma vez, aos poucos, muito aos poucos.

SunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora