Capitulo 12 {...}

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Isa pov's

Estou dentro do carro da minha família em direção de um restaurante desconhecido para a minha pessoa. As audições duraram até um tempo depois da hora do almoço, depois que houve toda a espera e Niall foi convidado a fazer parte de uma banda o dia foi passando com um piscar de olhos.

Jantar as seis da noite é estranho, ainda mais minha família que tem costume de almoçar tarde da noite, agradeço mentalmente por estar todo mundo em silêncio, sem perguntas, sem constrangimento, sem desespero, uma sensação já presente em mim dês de que meu nome nunca citado anteriormente sai da boca do loiro.

Mesmo o desespero estando presente eu não demonstro, sempre fui muito boa em esconder sentimentos de tudo e de todos, eu resolvo-os sozinha, talvez seja por que me isolo, quanto menos pessoas eu ficar muito próxima mais fácil fica guardar as coisas pra mim.

Meus pais se comportam de forma misteriosa, segue sempre um padrão, meu pai no volante de óculos escuros, mesmo não estando sol, minha mãe ao seu lado batucando os pés em um carpete brilhoso. Meu pai usa os óculos para olhar minhas reações com o auxílio do retrovisor sem que eu "perceba", já minha mãe só está ansiosa, sempre que fica nervosa e apreensiva a mesma desconta movimentando seu corpo, não de forma brusca, somente como uma dispersão. Pelo visto eu sou a única que sabe ser discreta aqui.

Agora surge em minha cabeça o loiro, a confusão, o motivo de estar tudo tão calado. Mesmo esses pensamentos jogados no ar sem respostas concretas eu me concentro em uma pergunta que também não há respostas, mas pode haver uma teoria.

"Por que de todas as opções sendo uma delas correr para longe de tudo e de todos eu fui junto a ele? Por que aquilo parecia o certo? Da onde surgiu aquela confiança em um "conhecido" qualquer mas me conhece e guarda algum segredo que eu aparento ser a única que não sabe?"

Quando vou começar a organizar as respostas soltas dessa pergunta em minha cabeça completamente confusa eu escuto uma voz que me corta rapidamente do transe:

-Filha- meu pai agora está sentado no meu lado direito, eles estão ali, do meu lado- a gente pode conversar antes de entrar? -Assinto com a cabeça perdida, percebi que estavamos no estacionamento de uma pizzaria, não me lembro de como chegamos aqui.

-Então meu amor, eu espero que você entenda o nosso lado, entenda que queremos o melhor para você, é confuso e você é uma menina muito madura e vai entender, talvez não de início por conta dessas ideias da sua geração, porém vai entender....

-Mãe, entender o que? -Pergunto soltando a bolha de ar que se prendia em minha garganta dês de que tudo isso aconteceu.

-Já falamos que tudo vai se esclarecer- Meu pai insiste em não me contar- só fique calma tudo tem o seu tempo.

-Tempo... qual é o seu conceito de tempo pai? Queria entender o porquê de toda essa algazarra, é difícil contar, desembuchar, me explicar. Aparentemente eu sou o centro das atenções de seja lá o que está acontecendo, não mereço saber? Já não demorou demais? -Puxo o ar rapidamente quase que ao mesmo tempo que expresso a última palavra, agora minha respiração é ofegante.

Ninguém como sempre não me responde nada, só fica o silêncio de sempre, eles continuam calmos, com a face de quem sabe que vai dar merda. Bufo ao saber que a "conversa" deles era somente uma pressão para ouvirem eu dizer que vou me comportar e caso o contrário tudo seria esfregado na minha cara com as clássicas palavras "você disse que não iria fazer aquilo, você não cumpre com suas promessas..." .

Depois de respirar fundo captando o máximo de oxigênio que meu pulmão consegue suportar eu digo.

-Vamos acabar com isso logo! -Abro os olhos e me arrependo totalmente de citar essas últimas palavras.

We maried, and now? [Niall Horan]Onde histórias criam vida. Descubra agora