tudo por você

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-Seus olhos!  
-O que tem meus olhos? 
-Eles não brilham igual no começo! 

~~ 

Um dia poderei olhar pra mim mesmo é me ver com outros olhos, talvez nessa escuridão eu ache minha propia luz! 

~~  
-Pense- talvez não seja nada fácil pensar ou seja?- Lis andava de um lado pro outro, tentando falhamente achar uma solução para seu problema, no momento era muito difícil  pensar em alguma solução, se sentia suja e estava odiando a si e a todos que estavam lá- ódio! - balbuciou com raiva pegando seu velho telefone e saindo pra fora de casa, nessa noite estava sozinha, seus pais haviam saído para jantar, ela estava com seus nervos estavam a flor da pele, algo que nem a mesma entendia! 
E o que aconteceu? Lis tinha sido assediada, sim, se corroendo por dentro deu um longo suspiro, o quão nojento o ser humano consegue ser? A garota tem apenas 15 anos, ela apenas foi buscar seu gato no veterinário, nada demais, não chamava tanta atenção assim, mesmo que estivesse com outra roupa, aquilo não era pra acontecer, isso é assustador,  nunca imaginou que isso aconteceria com a mesma, muito menos assim ao ar livre e rodeadas de pessoas, o que lhe surpreendeu foi as pessoas rindo da forma nojenta que o velho homem lhe dirigiu…

Lis nunca foi uma garota fácil de lidar, nunca soube lidar com os próprios sentimento é  tenta esconder a todo custo, guardando tudo pra si até se enforca com seus próprios pensamentos, as vezes isso causa uma troca de humor, onde trata as pessoas com ignorância, com total falta de respeito ou apenas os ignora por dias e some sem dar uma notícia. 
Não é uma garota "normal" aos olhos da sociedade, não veste roupas que destacam seu corpo, não usa nenhuma maquiagem, apenas roupas largas e seu rosto livre de quaisquer  materiais que danificam e envelhecem seu rosto, então porquê aquilo ocorreu? Era culpa sua ou dele?.  
Agora, andando pelas ruas solitárias do interior de Olinda, Lis derrama se em lágrimas, a sensação de sufoco havia a tomado por inteiro, solitário, vazio! Seu coração batia tão rápido que era possível escuta -los bater, estava perdendo todo o fôlego, a respiração já estava se misturando com desespero e sumindo aos poucos… era uma crise, não era a primeira, mas era a primeira vez que estava sentindo tão nitidamente assim, parecia a corroer aos poucos, sentou em um banco próximo a praça local, tentando a todo custo buscar algum resquício de ar, mas novamente falhou, já estava entrando em desespero, o que iria acontecer se a crise piorar? 
Não fazia ideia, já tentará todas as formas possíveis de autocontrole, após longos e intermináveis minutos alguém lhe tocou no seu ombro esquerdo, sentiu todo o seu corpo esquentar,  não era possível que nessa altura do campeonato aconteceria outra merda! 

Moça, você está bem? -Lis sentiu um certo alívio por escutar uma voz calma e feminina, mas ainda continuará com medo, não sabemos de onde vem ações maldosas, muito menos poderíamos definir sobre o sexo que essa ação seria feita, se seria homem ou mulher!-

-Esta tudo bem sim! -Mentiu, mentira era algo que ela odiava com todas as forças, mas, na situação que se encontrava não poderia mostrar que estava vulnerável, só poderia piorar a situação que se encontrava- 

Tem certeza? - A moça novamente perguntou, parecia realmente preocupada então a menor a olhou, não conseguia olhar direito, estava escuro e a única luz disponível era a de um poste do outro lado da rua… cá entre nós, ele estava mais acabado que eu, mal iluminava o lado da rua em que estava-

-Não digo que estou falando a verdade, mas eu não te conheço, por qual razão eu lhe diria o que está passando comigo? - Lis disse com toda calma possível, para não parecer muito grossa, mas falha, a garota que estava atrás de si não respondeu, mas também não se sentiu ofendida com aquilo, apenas soltou uma risada sarcástica e se sentou ao seu lado-

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