Escolhas [CONCLUIDA]

37.

Andrew PoV

Eu chego na casa dos meus pais pra fazer absolutamente nada, desde que a Meredith apareceu na minha vida que o meu tempo é dela.

- Mãe?

Eu chamo e ninguém responde, continuo entrando até a cozinha e vejo meus pais se beijando, nunca é tarde pra um trauma infantil

- Aham

Eu faço barulho e eles se afastam, meu pai ri e minha mãe fica toda sem graça

- Oi, filho, tudo bem? Quer bolo?

- Vai fingir que nada aconteceu, Dona Lúcia? Não quero bolo, não, obrigado

- Para deixá-la sem graça, Andrea, cadê a Meredith?

Meu pai defende minha mãe e eu sorrio

- Tá resolvendo umas coisas dela

Nós três sentamos a mesa e quando eu menos espero, tem uma fatia de bolo e uma xícara de café na minha frente

- E como está a questão da memória, Andrew? O tempo tá passando e só piora toda essa mentira

Minha mãe pergunta

- Eu sei, ela já lembrou de algumas coisas, mas por enquanto foi bem pouco, só precisamos de um pouco mais de tempo e paciência

Eles se olham e eu sei que querem me dizer alguma coisa

- Você já pensou em levá-la em Nova York, filho? Eu já ouvi falar de casos de pessoas que quando veem as coisas lembram, como ela era de lá, pode acontecer

Minha mãe sugere e me deixa pensativo e nervoso com essa possibilidade, a verdade é que tudo que a Meredith lembrou foi depois de ver alguma coisa, isso é mesmo uma boa ideia

- Eu vou falar com ela sobre isso

Eu respondo sério

- Você não quer que ela vá embora, não é?

Meu pai pergunta

- Eu quero que ela lembre, claro que quero

- Não foi isso que eu perguntei

Ele insiste, eu balanço a cabeça

- Nós podemos falar de outra coisa?

- Andrea...

Mas minha mãe impede o pai de continuar

- Claro, claro, conta como o Hércules ficou

E nós mudamos de assunto, eu fico por ali a manhã inteira, acabei ajudando meu pai a mudar uns móveis e ajudei minha mãe na horta pra hora passar logo.

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Depois que eu saí da casa dos meus pais, resolvi ligar pro senhor Ottis e ver uma possibilidade que passou na minha cabeça, ele não demora a atender