II; Efeitos colaterais

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2| 𝖤𝖿𝖾𝗂𝗍𝗈𝗌 𝖼𝗈𝗅𝖺𝗍𝖾𝗋𝖺𝗂𝗌

DESDE O SEGUNDO BIMESTRE DO ANO, Isaac Lahey tem sido sua carona para a escola. Se você perguntar ao pai dela, no entanto, ele dirá que sua filha vai de bicicleta para a escola todos os dias. E era apenas em parte uma mentira, ela ia de bicicleta para a escola, apenas nos dias em que Isaac não aparecia. A mentira foi mais fácil do que ter que explicar ao pai que ela anda na moto de um menino para a escola todos os dias. Não foi ideia dela, Isaac insistia em buscá-la antes da escola, e ela concordou.

Uma garota da Eichen House e o garoto acusado da morte de seu pai, aparecendo na escola em uma moto todos os dias não parecia bom, mas nunca lhe ocorreu que é assim que as pessoas veem as coisas de sua perspectiva.

— Eu não entendo por que tenho que usar um capacete.

Isaac desceu da motocicleta, colocando os dois capacetes em cima.
— Você preferia que seu cérebro explodisse se houvesse um acidente?

— A morte é um efeito colateral chato.- Ela disse enquanto caminhava para os corredores da escola ao lado dele.
— E, além disso, isso nunca aconteceria com você pilotando, você é um piloto incrível. Eu, entretanto, não sou.

— Alguém já te disse que você é uma fetichista de pesadelos?

Seu pai lhe dera o carro velho de Emily como uma espécie de compensação. Nunca foi útil, pois ela não tinha intenção de aprender a dirigir tão cedo. Então, o carro vermelho brilhante (Emily sempre teve uma queda por se destacar) não se moveu desde a última vez que Jules tentou dirigi-lo, com Isaac como seu mentor. Foi quando ela percebeu como as habilidades de ensino de Isaac eram fracas.

Quando chegaram ao armário, ela tirou seu diário da bolsa, colocando-o embaixo de todos os livros didáticos, onde ninguém pudesse ver, e tirou seu livro de História da AP. Ela se virou para olhar para Isaac, que estava estranhamente quieto. Ela seguiu seu olhar, o que a levou a encarar uma perturbada Allison Argent, que parou para controlar sua respiração. Ela poderia dizer que Isaac tem sentimentos por Allison, embora fosse incipiente.
— Eu não entendo por que você gosta tanto dela, ela não tentou te matar no semestre passado?

— Não fala alto!

Revirando os olhos, ela fechou o armário.
— O quê? Estou surpresa que esses idiotas não tenham descoberto ainda.- Ela bufou.
— Eles ao menos viram todos os relatórios de animais selvagens? É bastante evidente.

— Se Scott descobrir que eu te disse-

Ela deu um passo para trás, fingindo estar ofendida.
— Me disse? Eu tive que implorar para você admitir. Não é como se Scott fosse ficar bravo, não foi ele quem não contou ao seu melhor amigo sobre o sobrenatural também? É justo se você também fizer isso. E, além disso, não é como você me contasse qualquer coisa.

Jules nunca perguntou a ele sobre os sacrifícios. De certa forma, ela estava com medo de qual seria sua resposta. Ela não saberia como lidar com isso se ele dissesse que ela está certa. Mas, acima de tudo, ela não saberia o que fazer consigo mesma se descobrisse que estava errada. Ela teria que investigar mais? Encontrar outra maneira pela qual sua irmã foi morta sobrenaturalmente?

— Ei, Isaac?

Tirando o olhar da Argent, ele se virou para olhar Julie.
— Sim?

— Você acha que alguém pode ficar preso em sua forma de lobo?- Ela perguntou com cuidado.
— Não quero dizer que eles se esqueceram de como voltar, quero dizer que eles só... querem continuar assim.

Jules se lembrou da parte do relatório em que as pessoas foram mortas por um coiote, e ela sabia que devia estar relacionado ao sobrenatural. Então, quando ela pesquisou a data em que a situação ocorreu, e viu que aconteceu em uma noite de lua cheia, ela confirmou a conexão. Mas ela nunca ouviu falar de um coiote existindo antes, pelo que ela sabe, com sua fonte sendo Isaac, apenas lobisomens e kanimas existem. Esses foram os que foram confirmados para existir, de acordo com Isaac, mas ela sabia que se existissem lobos, isso significaria espíritos de raposa também podem existir.

Amateur Detective - Stiles Stilinski ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora