Capítulo 4

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Anahi: Só pode ser brincadeira, eu não to acreditando nisso! -disse aflita largando a bolsa no chão. - Isso acontece sempre?

Alfonso: Me magoa saber que minha companhia é tão desagradável assim para a senhorita -Se fez de sensível-  Não, provávelmente em cerca de 30 minutos estaremos fora daqui.

Anahi: Eu não quis dizer no sentido de ser uma má companhia, longe de mim ser antipática deste jeito, eu disse por mim mesma.

Alfonso: Por você? me diz o que faria? iria me agarrar ou algo do tipo? -ela negou com a cabeça e fez uma careta enojada- Claro que não, a Sr Portilla não faz esse tipo de mulher.

Anahi: Ai chega com isso de senhora e senhorita, apesar de ser meu superior faz eu me sentir uma idosa. -os dois sorriram por alguns instantes- Obrigada, mesmo de verdade, pelo carro.

Alfonso: Ah o carro, não foi nada Anahi -sorriu para ela ao não chama-la de senhorita- Mas pelo visto foi bom, acabou juntando você e seu namorado pela manhã.

Anahi: Que namorado? -disse totalmente confusa- Perdão, do que está falando?

Alfonso se encostou na parede sentando no chão estava cansado de ficar de pé.
-digo o que lhe trouxe hoje, acabei vendo sem querer de relance o beijo de vocês e deduzi.

Anahi: Não, pelo amor de Deus não. -sentou ao lado dele se escorando na parede- Derek e eu somos amigos há anos, o beijo, bem o beijo não era para acontecer, nem eu esperava.

Alfonso sorriu rapidamente ao ouvir aquilo e por alguns segundos o elevador permaneceu em silêncio absoluto, até que...

Anahi: E o Senhor?

Alfonso: Sem essa de senhor também, a não ser que goste de senhores, mas suponho que não. -disse sendo irônico-

Anahi: Não, isso seria nojento. -os dois riram- Quis dizer, você não tem ninguém?

Alfonso: Não, não me sobra tempo para ter ninguém. -Olhou para ela- Minha vez de perguntar, já que parece que vamos ficar um tempinho por aqui.

Anahi: Prossiga.

Alfonso: Você não tem ninguém, uma mulher inteligente e atraente como você sozinha é raro. Por que?

Anahi sorriu feito uma boba ao ouvir a palavra "atraente", ja ouvira de outros homens mas a forma como ele disse mecheu com ela.
-Não encontrei ninguém que pudesse me oferecer o que eu quero.

Alfonso: Ambiciosa e Objetiva, isso lhe cai bem. -Ajeitou uma mecha do cabelo dela atras de sua orelha- E o que você quer? Poder? Bens? Uma mansão?

Anahi: Não, é claro que não. Isso é ridículo e  ofensivo -disse ácida- A única coisa que eu quero é um AMOR. -o semblante de Alfonso mudou em 2 segundos- Alguém que me ame não pelo que eu tenho, mas sim pelo que eu sou. Que me diga que eu estou linda com um sorriso bobo no rosto. Que me ligue de volta quando eu desligar na cara dele durante uma briga. Que fique acordado me admirando dormir agradeçido após uma bela noite de sexo. Que me dê flores, um beijo na testa, que segure a minha mão e insista em estar ao meu lado quando todos ao redor tiverem ido. Que me lembre como sou importante, alguém que morreria por mim do mesmo modo que eu faria por ele. Porque o amor é isso é se doar por alguém e permitir ser acolhido pelo mesmo. -sorriu imaginando em seguida seu olhar encontrou o dele- O que, ah é clichê não é?

Alfonso: Sinto muito, não quis ofende-la de modo nenhum nem insinuar nada sobre a sua pessoa, você não é como qualquer mulher, mas um conselho do senhor aqui -ele sorriu- não crie expectativas que vá encontrar isso um dia, em algo ou em alguém. -disse se recordando de Dianna- As pessoas são egoístas, e o amor é a maior prova disso.

Profunda ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora