O pai da Nanami

319 23 24
                                    

- Aaah!! - Acordo pelo grito de Nanami e fico nervoso olhando para ela.

- Nanami! O que houve?! Você está bem? - Eu a olhava preocupado, ela apenas me olha e vai baixando o medo e secando o pouco de suas lágrimas que caíram.

- Estou sim, f-foi só um sonho ruim. - Ela se encolhe perto de mim e eu faço cafuné em sua cabeça.

- Sonhos são aquelas imagens que aparecem quando dormimos não é? - Ela assenti em silêncio.

Me jogo na cama levando ela junto e nos cobrindo novamente, estava até que bem frio.

- Volte a dormi, eu vou matar o sonho ruim que se aproximar de você. - Falo a fazendo rir.

- Obrigado Tomoe. - Ela volta a dormir rápido.

Nanami

Um dia lindo, fresco e ensolarado, todas as pessoas sorrindo andando pelas ruas e nenhum barulho que atrapalhe os ouvidos.

- Hoje algo ruim vai acontecer. - Falo andando com as compras da janta em mãos.

Caminho sorridente para casa, um homem um pouco velho passa por mim olhando muito.

- (Se for tarado eu bato e saiu correndo para casa) - Sinto o meu braço direto sendo segurado.

Encaro o homem, secretamente me preparando para dá um murro nele.

- Nanami. - Encaro melhor o cara e vejo que era um velho conhecido.

- (Pai! Pai! Eu disse que o dia ia piorar, já abasta o Tomoe achar que vinham deixar sonhos ruins na minha cabeça e ficar a noite toda esperando)  Oi pai. - Falo um pouco fria por me lembrar do que ele fez.

- Queridinha, eu vim te buscar, estava com tanta saudade. - Ele me abraça e eu retribuo relutante.

- Desculpe pai, mas eu já estou casada e preciso voltar para casa agora. -  Ele me olha impressionado.

- Ah! Eu adoraria ver sua casa! - Ele fala dando um grande sorriso, me fazendo sorrir fraco.

Fomos para minha casa conversando sobre o que aconteceu quando ele sumiu deixando a própria filha sozinha na rua. Pulei todas as partes espirituais.

- Tomoe cheguei! - Falo entrando na casa com meu pai.

- Finalmente Nanami. - Tomoe aparece e encara meu pai. - Nanami, tem um encosto atrás de você.

- Isso é jeito de se falar com seu sogro!! - Tomoe muda expressão para espanto mas muda para felicidade em seguida.

- A desculpe por minha educação. - Meu pai sorri confiante. - Muito obrigado por fugir e deixar sua filha sozinha no meio da rua, prestes a ser sequestrada por algum estranho ou ser levada para um templo assombrado e viver uma vida de perigo perto de morrer a qualquer hora, mas isso é impossível já que yokais e assombrassoes não existem. - Tomoe ri alto, acabo rindo e meu pai fica confuso.

Fomos para cozinha, Tomoe começa a preparar a comida e estava visivelmente irritado pela falta de sonho.

- Então pai, onde esteve?

- Andando por ai, encontrei um velho amigo que me deu um lugar para morar. - O olho irritada enquanto ele sorria.

A cada palavra do meu pai Tomoe preparava a comida de maneira mais agressiva.

- Ae filhinha, teria um lugar onde eu possa morar ou passar a noite? - Tomoe lança a faca para trás que passa centímetros longe do meu pai.

- Desculpe, eu ia colocar a faca no cepo (o cepo é um retângulo grosso de madeira aqui na minha região) - O maior sorri.

- Se o senhor quiser pode dormir aq..

- Não precisa, eu tenho um conhecido aqui na cidade que eu posso dormi na casa dele. - Meu pai fica se tremendo.

Ele se levanta rápido e eu me levanto também, Tomoe olha para nós ainda sorrindo.

- Eu já vou, é bom ver que você está muito bem, e que tem um marido tão simpático. - Rimos juntos.

Lhe acompanho até a porta e nos despedimos, quando ele já está bem longe entramos para dentro de casa e eu olho para Tomoe que estava com sua expressão ranzinza de sempre.

- Sinceramente, o que sua mãe viu nele? - Ele pergunta.

- Nossa família tem azar com homens. - Falo e ele dá um sorriso.

- Então você quebrou esse tabu quando casou comigo. - Eu rio.

- Mas você não era humano e ainda tem costumes de quando era raposa. - Vou andando para algum lugar quando sinto suas mãos passarem por minha cintura.

- Um desses costumes é a vontade de ter você mais perto. - Sinto sua respiração no meu pescoço e sua voz rouca no meu ouvido.

O maior morde e lambi o lóbulo da minha orelha me fazendo arrepiar e esquentar. Sei que eu já devia ter me acostumado por sermos um casal, mas minha vergonha supera isso, eu ainda não consegui ter essa relação com ele que com certeza é mais experiente que eu.

- T-tomoe...

- Sim..

- Não me provoque!! - Me solto do seu abraço e corro.

Tomoe

Quando Nanami sai correndo eu fico com cara de pateta na sala, eu vou respeitar o tempo dela.

Sorrio pensando lembrando do seu rosto vermelho.

Bom, ela não teve bons exemplos de homens na vida e ainda por cima eu tenho mais de 200 anos, deve ser difícil para ela.

- Nanami vamos merendar alguma coisa? - Vou cantarolando para cozinha.

Vai ser divertido fazer a Nanami tomar o primeiro passo.

Aprendendo Juntos |CORRIGINDO|Onde histórias criam vida. Descubra agora