casanova.

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Londres, um raro dia de sol em Abril.
Cinco meses antes de William Shakespeare pedir um mocha.

Led Zeppelin soava diretamente do banheiro de Sirius Black para todo o apartamento, a melodia de Black Dog marcando o início de um grande dia para o rapaz, que murmurava alegremente a letra agitada paralelamente à sua preparação exagerada de roupa e cabelo. Ele havia acordado extremamente cedo, fruto de uma ansiedade e uma animação pelo o que viria ao decorrer de algumas horas.

Era seu primeiro dia em seu primeiro emprego, em uma conhecida cafeteria do bairro em que morava. Um trabalho simples, é claro, mas o ajudaria a pagar seu aluguel agora que o dinheiro que seu tio Alph lhe deu estava acabando, e, principalmente, era seu segundo passo de muitos outros rumo à liberdade completa.

O primeiro passo foi sair da casa de seus pais, e não via a hora de poder tirar Regulus dali também. Sabia que os dois mereciam muito mais que conviver com sua mãe e seu pai. Mereciam uma chance de uma vida saudável e feliz. Então todo pequeno passo era motivo de grande comemoração para Sirius, pois sabia que estava realmente vivendo e sendo independente.

O cheiro de seu perfume inundava o banheiro enquanto ele penteava com cuidado os fios negros que agora batiam poucos centímetros abaixo dos ombros, ao que repassava mentalmente tudo o que pesquisara na noite anterior sobre tipos de café, como fazer um bom atendimento e até como fazer desenhos no café – coisa que ele desistiu no momento em que assistiu ao tutorial.

Ele seria o barista perfeito. Seus cafés seriam tão bons que inventariam um prêmio Nobel do café, apenas para ele. Seus futuros clientes se apaixonariam pela forma graciosa que ele faria o mais simples espresso.

A campainha de seu apartamento toca, mais de uma vez, até que ele finalmente consiga notar o som devido à música alta que ainda tocava e repercutia o clima de felicidade de Sirius. Sabendo exatamente de quem se tratava, ele se direcionou animadamente até a porta, a abrindo e se deparando com seu sonolento melhor amigo.

— Cara, são sete da manhã. Seus vizinhos devem te odiar muito, com todo respeito. — James Potter resmungou, um comportamento fora do comum para quem adorava acordar Sirius todas as manhãs para o futebol quando eram mais novos.

— Não me importo nem um pouco, querido amigo. Hoje é meu primeiro dia em um emprego! Um de verdade! — ele puxou Potter para dentro do apartamento, começando a andar de um lado para o outro ao que continuava a falar — Você, James, vai ser meu primeiro cliente, é óbvio. E vai fazer questão de elogiar meu café na frente da minha nova chefe, mesmo que estiver com um gosto péssimo.

— Você vai ter que me pagar muito caro para eu fingir que gosto do seu café, Padfoot. — se jogou no sofá marrom, esticando as pernas compridas sem se preocupar com os modos.

— James, me escute. Meus cafés vão ser os melhores do mundo!

[...]

Seus cafés seriam os piores do mundo.

Sirius veio tagarelando com James – que apenas sorria e concordava – desde seu apartamento até chegarem ao seu novo local de trabalho: o Caffè Chiarore. Houve as formalidades assim que ele entrou, onde ele bateu um papo com sua nova chefe, Elouise, e pareceu óbvio para ele que ela havia adorado seu jeito extrovertido e dedicado ao trabalho. Nada poderia dar errado ali.

Até que deu.

Ele entrou uma hora antes da cafeteria abrir, para que Elouise pudesse o mostrar o ambiente e orientá-lo da melhor maneira possível antes que o turno começasse. Uma moça loira, chamada Marlene, estava ali também para ensiná-lo, mas nos primeiros quinze minutos do treinamento, o caos se instaurou.

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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