COLORINDO O CINZA

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Sinopse:

Riza adora ir para a escola, pois lá, se esquece um pouco dos problemas. Um certo dia, uma garota diz para ela algo que a machuca, devido a isto, Riza pensa que os garotos nunca serão capazes de se apaixonar por ela.

 Um certo dia, uma garota diz para ela algo que a machuca, devido a isto, Riza pensa que os garotos nunca serão capazes de se apaixonar por ela

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COLORINDO O CINZA

Por AuroraLis

Riza vivia um filme de terror dentro da própria casa. Podia-se dizer que era empregada e não filha de seu pai, pois ela servia-o, cuidando de tudo, naquele lugar obsoleto, o qual dava arrepios e pesadelos a qualquer criança que dali se aproximasse; raramente  recebendo alguma demonstração de carinho paterno de volta. Afinal, Berthold Hawkeye, dia e noite, respirava livros velhos para conduzir suas pesquisas sobre alquimia.

  

Pai e filha viviam de forma precária, dado que a renda da família consistia na venda da lã, de um pequeno rebanho de ovelhas que criavam, e de doações feitas por um desconhecido, o qual dizia que deus deu a ele a missão de ajudar os necessitados.

Embora fosse necessário andar um terço de uma hora para chegar até a escola, Riza fazia o trajeto com alegria, pois enquanto estava  dedicando-se a aprender naquele ambiente contemporâneo, podia esquecer do odor de mofo, dos móveis ultrapassados, dos afazeres domésticos, da saudade que sentia de sua mãe e, principalmente, da solidão, já que chegava a se socializar durante as tarefas em dupla ou em grupo, as quais a professora passava para  os alunos.

A vida triste e monótona que Riza tinha dentro do casarão velho, começou a ganhar cor, quando ela tinha um pouco mais de onze anos, porque neste mesmo período um garoto, dois anos mais velho que ela, passou a frequentar a sua casa para estudar alquimia com seu pai. Além de alquimia, o velho também ensinava o que ele deveria aprender na escola, pois achava que frequentar uma instituição de ensino, era uma perda de tempo para um rapaz tão acima da média, sendo tal ideia apoiada pela tia do rapaz, a qual possuía a guarda do órfã.

A aparência do menino era diferente de todos os outros que Riza conhecera, visto que ele  possuía olhos escuros e  puxados, cabelos finos escuros e muito lisos, características que remetiam a população que nascia em Xing e não aos amestrinos, os quais em sua maioria possuíam fios louros ou castanho claro, uma vez que a mistura de etnias ainda era incomum naquele ano. Estas particularidades na aparência do garoto, chamaram a atenção da pequena Riza. Ela achava-o muito bonito, chegando a ficar da cor de uma pimenta só de olhá-lo.

O jovem de nome Roy Mustang, possuía uma energia incrível e o dom de arrancar dela sorrisos com seu jeito espontâneo e brincalhão, e isto acontecia nas poucas vezes que cruzavam-se nos corredores da casa antiquada. Mas nem sempre foi assim, antes Riza ignorava-o por sentir-se desconfortável com os sentimentos desconcertantes que a simples presença dele causava em seu peito. Demorou alguns meses até que o coração dela se acalmasse, de modo que ela ficasse menos encabulada para conversar com ele.

Coletânea de Ones-shots RoyAi Onde histórias criam vida. Descubra agora