Capítulo 6

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- Lar, doce lar - O Kim falou ao entrar na casa, tossindo algumas vezes ao sentir a poeira entupir suas narinas - Sujo. Lar sujo - Se corrigiu, dessa vez com uma leve risada ao fundo.

- Sim, eu só arrumei algumas coisas antes de trancar a porta naquela manhã, não mexi mais faz três anos - O Jeon avisou abrindo as janelas e ligando a central e o ventilador de teto na sala de estar - Podemos conversar no quarto, lá deve estar mais limpo.

- Beleza. Deixa eu só fazer uma ligação rapidinho, você pode ir na frente - Estendeu o arquivo e viu o alfa pegar, indo na direção do quarto. Suspirou e ligou para o melhor amigo Jimin, sentindo saudades da filha que deve estar se arrumando para ir à aulinha - Jimin? - Perguntou quando a chamada foi atendida.

- Fala, Taehy. Como tá sendo aí? Já viu ele? - O rosado perguntou curioso e com cautela. Desde que o Kim disse pra si toda a história, aconselhou-o a contar a verdade para o Jeon, pois o alfa merecia saber toda a verdade mesmo que o Kim tenha um trauma que o deixe medroso quanto a escolha, afinal, era um trauma somente do mais velho, e o fato de ser um trauma não justifica o fato de estar privando a criança de um pai incrível.

- Já. Nós estamos na minha antiga casa agora - O Kim escutou um "uuuh" do mais baixo e riu, negando com a cabeça - Mas e como ela tá? Ela já se arrumou? Eu não consegui dar banho nela antes de eu sair. Fui na pressa.

- Tá se arrumando. Sabe que não confio em babás, então tô monitorando cada atitude da babá - O Park sussurrou a última parte com seu costumeiro tom de voz protetor.

- Você não tá errado - Retrucou com leveza, agradecendo aos céus por ter lhe dado a ideia de ir pra casa do mais baixo - Obrigado, Jimin, mas agora vou precisar desligar. Quanto antes eu resolver, antes eu volto pra casa e antes resolvo as coisas do aniversário que tá perto.

O Park respondeu com um grunhido e se despediu, avisando que precisava acompanhar a babá e a Hee.

Para ser sincero, não julga o mais velho por desconfiar das pessoas que se relacionam com a pequena Hee, pois nunca se sabe quem é um pedófilo e, sendo policiais, ambos já viram muitas denúncias e pais chorando desesperados por terem confiado em tal pessoa. Pensar que se não tomar cuidado pode acontecer com a pequena Hee, lhe deixa enfurecido, arrepiado, amedrontado.

Suspirou e rumou para o cômodo onde o alfa lhe espera, cruzando os braços ao ver todos os papéis espalhados na cama.

- O cara foi visto no restaurante com uma maleta, mas ele saiu do restaurante com a mesma maleta, então a polícia acha que ele não conseguiu entregar para o comparsa dele.

- Esses restaurantes devem ter alguma ligação - O Kim constatou pra si mesmo num sussurro curioso.

- Lembra que ele ia constantemente pra restaurantes diferentes? Ele escolhe aleatoriamente.

- Não, isso seria idiota demais, e o Bacciolini gosta de se sentir espertão - O ômega negou com o tom de voz alto, os olhos levemente arregalados e andando com rapidez na direção da cama, vasculhando a lista de restaurantes - O Bacciolini fazia um jogo de possibilidades, entendeu? Isso era uma técnica antiga de um antigo Serial Killer pra arrumar vítimas. Ele tá fazendo o mesmo, só que com restaurantes! Eu consigo saber qual restaurante ele vai se eu fizer esse jogo. Você acha que ele vai pra algum restaurante hoje? - O Kim perguntou pegando um dos papéis, uma receita que decidiram confiscar para casos de digitais, falhando. Largou o papel.

- Acho - Respondeu o alfa - Mas temos que entrar no restaurante pra ver quem vai ser o alvo da maleta.

- Mas...de noite? - Indagou incerto ao se lembrar de que sua bebê não consegue dormir sem seus carinhos. Suspirou com uma pitada de saudade preenchendo seu peito.

HIDDEN - Taekook . ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora