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Sasuke Uchiha

Desliguei o celular e observei a minha pequena lá dentro do berçário, dormindo calmamente. Acabei dando um sorriso fraco, mas logo me afastei começando a andar pelo corredor do hospital.

Parei na sala de espera e me aproximei do bebedouro, peguei um copo e enchi de água, tomei e me afastei após jogar o copo no lixo, fui até o banheiro masculino e lavei o rosto, tirando qualquer vestígio que eu havia chorado minutos atrás

Comecei a andar novamente pelos corredores, mas agora eu estava indo em direção ao quarto aonde a mulher da minha vida estava

Estava lutando para viver, eu espero...

Quando avistei seu quarto, me aproximei dando passos mais largos para chegar mais rápido. A porta se abre e de lá sai uma enfermeira, parei de andar e ela faz o mesmo ao me ver

- como ela está? - pergunto com medo da resposta

Ja sentia meu coração acelerado de novo, mas tentei não demonstrar meu desesperado para saber se ela estava bem

- Sr. Uchiha, por que não entra e vê com seus próprio olhos? - ela sorri e se afasta

E porque você não me diz logo como ela está? Esse é seu trabalho, baranga veia

Eu queria ter dito isso, mas respirei fundo e abri a porta do quarto, tentei não olhar para sua cama, não estava pronto ainda para ter a resposta da minha pergunta. Fechei a porta e me aproximei ainda sem olhar para ela, acho que estou parecendo um retardado!

Fechei os olhos e suspirei quando parei ao seu lado. Abri os olhos e a encarei, ela estava de olhos fechados, senti o nó na garganta se formar novamente, mas antes de tirar qualquer coisa precipitada comecei a reparar nela

Olhos fechados, cabelos espalhados pela cama, ela estava coberta até a cintura por um pano, seus braços estavam por cima do pano, tinha uma agulha enfiada em sua mão esquerda. Prendi a respiração, ela tá viva?!

Olhei para o monitor de batimentos cardíacos, e vi seus batimentos, mesmo não entendendo nada de medicina, eu vi que seus batimentos estavam normais. Soltei a respiração lentamente

Sorri aliviado e levantei uma mão passando por seus cabelos em um carinho, e logo desci para seu rosto. Me inclinei e lhe dei um beijo na testa

- caramba, você me deu um susto em - digo rindo fraco - sua maluca, não faça mais isso! - a repreendo, mesmo sabendo que ela não está me ouvindo - por um momento achei que teria que cuidar de Sarada sozinho, e eu não faço ideia de como se cuida de uma criança, seria um desastre! Estava até pensando na possibilidade de não levar ela mais para o convento, mas só porque você disse que não queria - ri negando com a cabeça - seria como se eu tivesse atendido seu último pedido. Ainda bem que isso não aconteceu e nem vai acontecer. Assim posso considerar a ideia dela virar freira ainda - imaginei a cara que ela faria para mim agora - ah mais não fique brava Saky, vai ser o melhor para ela. Assim ela não vai fazer safadeza com ninguém - sinto até uma coisinha dentro de mim imaginando ela fazendo isso - não que eu tenha ciúmes dela né, longe disso! Nunca, eu não sou ciumento! Mas... eu com certeza, daria um tiro no garoto que mexer com ela

Que ela não me ouça

- por isso eu deveria ser pai de um menino. Acho que o universo está testando minha paciência só pode!

𝐀 𝐦á𝐟𝐢𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora