James e eu ficamos por cerca de uma hora apenas em silêncio os dois. Algumas lágrimas ainda caíam, e James sempre me abraçava quando preciso.
Agora nós estamos saindo e indo para algum hotel perto da praia, já que eu prefiro não voltar pra casa hoje.
O hotel é um de frente com a praia, chique por sinal.
Entramos lá, e vamos para um balcão onde tinham duas atendentes.
- Me vê duas suítes, por favor. - James fala.
- Certo. Seu nome? - a atendente pergunta sorridente.
- James Grey.
- Certo, James. Os quartos de vocês são no terceiro andar, aqui está o cartão para vocês poderem entrar. - ela nos entrega dois cartões. - Boa noite.
- Igualmente.
Entramos no elevador e apertamos o botão para o terceiro andar.
Chegamos lá e procuramos o quarto com o número escrito no cartão, e entramos.
O quarto é tão sofisticado quanto o resto do hotel. Todo branco, com uma mini cozinha, uma mesa de vidro para jantar e a cama enorme, com lençóis brancos. Também tinha uma televisão e uma hidromassagem, e a janela do quarto dava vista para a praia que eu e James estávamos.
- Pode pedir o que quiser para comer e beber, por minha conta. - ele fala.
- James você já fez até demais. Eu pago o hotel e a comida.
- Eu pago o hotel. Eu que te trouxe até aqui, amor.
- Então eu pago a comida. Certo? - pergunto, e ele assente.
Pedimos duas lasanhas de queijo e uma Coca Cola, e comemos juntos.
- Essa lasanha tem gosto de plástico. Deve ser de mercado. - James reclama.
- Eu gosto desse gosto, de comida industrializada. - falo e James ri.
- Prefiro uma lasanha caseira. É minha comida favorita.
- Bom saber. - sorrio.
James termina de comer primeiro e se levanta, e vem até mim. - Estou indo. Se precisar de mim, eu vou estar no quarto do lado. - ele sorri.
- Você não vai ficar aqui? - pergunto.
- Bom, não.. Acho que você quer privacidade.
- Acho que depois de tudo que a gente já fez, não existe mais essa necessidade de privacidade. - rio envergonhada.
- Tem certeza? Por causa das coisas que aconteceram hoje. - ele pergunta, preocupado.
- Você me ajudou, James. Eu tenho certeza. - sorrio, e ele sorri de volta para mim. - Preciso de um banho.
Pego um roupão que vi em cima da cama, e entro no chuveiro.
Encosto minha cabeça na parede, e deixo a água cair por todo meu corpo.
A água quente fazia meu corpo relaxar, e era como se todas as coisas ruins de hoje sumissem enquanto eu estava debaixo daquela água.Eu consegui dar um tempo dos pensamentos e da dor, mas sei que é temporário. Sei que uma hora ou outra, vai voltar novamente e vai me fazer desabar como dessa vez. Mas nesse momento isso não me importa. Sinceramente, eu só quero um tempo dessa dor.
Passo o shampoo do hotel e o condicionador, e termino meu banho.
Visto o roupão e saio do quarto. James estava sentado com as pernas esticadas e as mãos atrás a cabeça na cama, acho que assistindo TV. Eu vou até ele e deito do lado dele na cama.
- Você está bem? - ele pergunta.
- Estou. - era verdade, de certa forma. Eu estava bem por enquanto.
- Não vai colocar roupa?
- Não. Eu não trouxe nada, só as roupas que eu vim, que vou vestir amanhã.
- Entendi.
Eu me aconchego na cama e viro, olhando a vista da praia. James me cobre com algum edredom, e em algum momento em que eu estava observando a vista, eu adormeço.
[...]
Acordo, e vejo James na porta falando com alguém e recebendo um pacote.
- O que é isso? - pergunto.
- Já acordou? - ele me olha surpreso. - É café da manhã.
- Ah tá. - me levanto e vou até ele.
Abro o pacote e pego um pão e um café que estavam ali. James pega o outro e começa a comer.
- Que horas são? - pergunto, e tomo um gole do meu café.
- Umas sete e quarenta.
- Acordou cedo? - dou uma mordida no meu pão.
- Uma meia hora atrás.
- Entendi.
[...]
O restante do dia foi mais tranquilo do que eu imaginava. Fiquei vendo televisão e fazendo de tudo pra evitar pensar sobre a briga e a carta.
Como vai ser a minha relação com a minha mãe quando eu voltar pra casa? Eu sei que alguma hora vou ter que voltar, nem que seja pra pegar minhas coisas e ir embora, mas vou. E uma hora vou ter que falar com a minha mãe. Não posso ficar o resto da minha vida sem falar com ela, embora que também seria coerente.
Mas eu não pretendo voltar tão cedo. Ela nem se quer mandou uma mensagem, nem me ligou. Ela não se importou. E eu não vou fazer diferente.
- Lembra quando eu falei que ia buscar uma coisa? - James pergunta me tirando da minha mente.
- Sim, lembro.
Ele então me mostra a foto minha e do meu pai que ficava na cabeceira da minha cama.
Eu começo a sorrir, e percebo algumas lágrimas rolando pelo meu rosto.
- James. - olho para ele. - Obrigada. Muito obrigada. - beijo-o nos lábios suavemente.
Ninguém, além do meu pai cuidou e se importou desse jeito comigo. Ninguém. Eu não mereço ser tratada e cuidada do jeito que James está fazendo.
James está se tornando mais importante pra mim do que eu jamais imaginaria, e eu sinto que isso é uma coisa boa.. eu espero.
- De nada, amor. - ele sorri.
✦✧✦
em primeiro, foi mal o sumiço, não desistam de mim 😬
eee eu tô postando esse cap pra falar p vocês pq tô tão sumida aqui.
eu voltei a ir p escola depois de um bom tempo e acabou as férias do meu curso, e hoje começou a mudança da minha casa, então tá corrido demaaais.
eu quero simm terminar essa história, mas provavelmente vai demorar um pouco. peço que sejam paciente cmggg, pq vou tentar postar capítulos, mas como eu disse vai demorar um pouco.
não esqueçam de votar, pq o que me incentiva a escrever é ver vocês comentando, votando.
um beijão. ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Vizinho
FanfictionKatherine Lopez e James Grey se conhecem desde quando tinham 7 anos, quando Katherine se mudou para Virgínia com sua mãe e sua avó logo após seu pai falecer em um acidente de carro. Os dois se odeiam desde que se entendem por gente e não conseguem...