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— Ora ora ora, adivinha quem veio te ver ? — o homem ria sadicamente enquanto seus dois outros capangas me levantam pelos braços ainda amarrados em cordas. A dor era intensa e meus músculos estavam tensos por não saber o que aconteceria a seguir. Minha respiração estava ofegante e minhas pernas não tinham forcas por estar a dias na mesma posição tbm amarradas. Sendo assim eu estava sendo arrastada para outro lugar diferente dos que eu tinha passado os últimos dias. A luz entra em contato com meu rosto quando me tiram do quarto escuro, então eu aperto os olhos.
Quando eu finalmente consigo abri-los com um pouco de dificuldade, ja estou em outra parte do cativeiro onde me encontrava, uma sala mais aberta, porém igualmente degradada ao quarto em que eu estava, apenas um janela quebrada iluminava o ambiente, então eu pude perceber que era dia, o ambiente parecia um armazém abandonado, havia um pouco de destroços no chão e a minha frente apenas uma cadeira, onde Hoseok estava preso, com seus braços forçadamente amarrados pra trás da cadeira assim como seus pés amarrados aos pés da mesma. O pouco que eu via do seu rosto no escuro havia sangue e hematomas. Minha primeira reação ao ver a cena foi gritar e me debater nos braços dos dois capangas com o pouco de força que me restava.

— HOSEOK!

— Deixem ela em paz, vocês sabem que ela não tem nada a ver com essa merda toda. — o moreno respirava ofegante e eu podia ver seu peito subindo e descendo com velocidade na camisa de malha preta molhada.

O homem atrás de mim gargalhava.

— Oras, o grande Jung de Gwangju esta preocupado com essa cadelinha, ou melhor, seria ele a cadelinha agora? Ah Hoseok, nunca foi tão fácil conseguir te atrair. — O homem suspirava orgulhoso. — até que ela tem o rostinho bonito mesmo hein?! — ele dizia enquanto passava seu polegar na linha do meu maxilar e respirava bem perto do meu rosto.

— Nós cuidamos muito bem dela não ve ? — o homem volta a se virar para Hoseok caminhando ate ele.

— nós ja temos o que queríamos, e ela ja não vale mais de nada pra nós! Só queriamos que ela visse que você só veio até aqui por ela. Que tolinhos o casal apaixonado!

— Larguem ele. — eu implorava sem resultado.

— podem leva-la, ela ja não tem mais utilidade pra nós, deixem a em qualquer lugar vazio proximo a cidade, tratem de não serem vistos. — o homem com os dois braços tatuados e roupa toda preta usando um coturno bruto que parecia ser o lider do bando ordenou. A única característica marcante cujo eu havia reparado era uma cicatriz no pescoço.

Seus capangas me arrastaram novamente pra fora dali, colocaram uma venda em meu rosto e me jogaram no que eu supunha ser a mesma van que havia me trazido pra este inferno. Os pensamentos ficaram claros quando fui deixada no que eu julgava ser a entrada da cidade de Seul, conseguia ver mesmo que de longe o aeroporto de Icheon. Ficou obvio porque eles não fizeram nada a mim. Ao contrário posso dizer que fui bem tratada no tempo que passei sequestrada, era óbvio que eles queriam ao Hoseok, me manter viva era o prêmio para que ele viesse até mim. Não tinha absolutamente nada a ver com meus pais. E assim que eles conseguiram o que queriam resolveram me libertar. Estou sozinha numa estrada deserta sem saber como voltar pra casa ou como proceder agora. E pior, sem saber o que aconteceu com o Hoseok. Devo admitir que odeio o fato dele ter mentido e me escondido essa parte da sua vida, me colocando em risco, mas odeio mais ainda saber que droga! Eu ainda sinto algo por esse maldito e poderia morrer se algo acontecesse com ele. E agora o que será de Jung Hoseok?

DANGER •  JUNG HOSEOK Onde histórias criam vida. Descubra agora