𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐘 𝐋𝐈𝐅𝐄;; 🏚 ─ ¡auziam!

🏜 ↓ 𝗲𝘃𝗲𝗿𝘆𝘁𝗵𝗶𝗻𝗴 𝘀𝘂𝗰𝗸𝘀 𝘄/𝗼 𝘂

      O SOL AMANHECEU PREGUIÇOSO no horizonte e como em todos os últimos 1.461 dias que eles tinham passado no amplo loft, Burk acordou animado, apitando sua galinha de borracha pela sala loucamente enquanto corria para a cozinha, esperando encontrar a figura de um de seus donos lá, preparando o café como em todas as manhãs dos últimos 1.460 dias desde que o conheceu no petshop em uma quarta-feira chuvosa de agosto. Mas, quando entrou na cozinha, seu dono não estava lá como em todas as outras vezes, pedindo para que ele parasse de fazer barulho ou acordaria o “papai zee”, como se chamava o seu outro dono, então Burk voltou a buscar pela figura familiar de seu dono, correndo por todo lugar, desde o banheiro até o quarto que seus dois donos habitavam, apertando sua galinha amarela loucamente para chamar o “papai lee”, mas ele não estava em lugar algum e seu cheiro estava fraco em seu lado da cama quando Burk subiu sobre ela, o lado esquerdo onde ele costumava dormir frio e arrumado, como se nem tivesse se deitado lá por aquela noite, encontrando apenas o enorme corpo do papai zee deitado lá, solitário e em um sono profundo, deixando-o imediatamente triste pois não havia alguém para brincar de pegar com ele. Então, tristemente, Burk ficou deitado ao lado de seu dono com sua galinha amarela entre suas patas de tom branco e caramelo, esperando-o acordar ou a volta do papai lee para que pudessem brincar, como em todas as manhãs dos últimos 1.460 dias.

      O problema é que o papai lee não chegou.

      Zayn acordou com o som estridente da galinha de Burk em seus ouvidos naquela manhã, sorrindo inconscientemente para o som, imaginando que Liam não conseguira acalmá-lo enquanto fazia o café e o cão tinha ido atrás dele para brincar. Preguiçosamente, o moreno bocejou se espreguiçando, abrindo lentamente seus olhos ao virar-se na cama com um sorriso suave em suas características, acariciando o pêlo macio de seu cão que tinha os olhos molhados e caídos, não demorando para o homem perceber o semblante entristecido de seu animalzinho querido, ficando rapidamente preocupado com o mesmo.

      — Ei, campeão, acordou triste hoje, é? — Zayn indagou com aquela rouquidão matinal na voz que Liam amava, sentando-se na cama para puxar o animal para seus braços, acariciando o lugar atrás de suas orelhas que ele gostava, porém o cão apenas choramingou, entristecido. Preocupado, o moreno olhou ao redor, prestes a chamar seu companheiro e perguntar o que deixou o cão tão chateado quando, estranhamente, percebeu o silêncio no apartamento. Não havia o som de panelas, de coisas fritando ou o som suave da chaleira fervendo a água para o café. Não havia nada além do mais puro silêncio.

      Incomodado, Zayn observou o lado esquerdo da cama, puxado e arrumado, como se tivesse dormido sozinho naquela mesma cama por dias. Liam era um bagunceiro nato, seu lado da cama sempre estava desarrumado quando o moreno acordava, ele estava com os cabelos lisos e curtos desgrenhados e usava sempre uma de suas camisas no corpo, andando rápido pela cozinha, preparando o café, sorridente, animado, quase sempre, um afobado. Não era habitual de Payne sair tão cedo e ainda por cima, deixando seu lado da cama arrumado ou café da manhã por fazer. Algo dentro do moreno se remexeu, apreensivo e desesperado, quase como se soubesse que tinha algo errado, uma coisa importante faltando.