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"Você é a noite, e só a noite o compreende e o acolhe nos braços. Unido com as sombras. Sem pesadelos. Uma paz inexplicável."
— Uma entrevista com o vampiro
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Anossa respiração ofegante é a única canção que soa pelo cômodo frio, coberto por um manto negro da cálida escuridão profana da noite amarga que zomba das nossas almas condenadas pelos juízes da verdade ao Reino de Lúcifer, um mundo sombrio e vazio, por amar demais.
A seleção natural da vida visa que nascemos, crescemos, reproduzimos, envelhecemos e morremos tornando-nos parte da matéria orgânica, mas para os religiosos cristãos que acreditam no paraíso criado por Deus, um lugar para as almas boas descansarem e outro lugar conhecido como Inferno para as almas ruins serem punidas pelos seus pecados.
E o nosso pecado foi amar demais...
E o meu maior pecado foi não tê-la deixado partir quando Ele a convocou.
Ela é um anjo, merece o paraíso e a paz que lhe foi prometida, enquanto eu, mereço toda a dor e sofrimento que o Diabo pode ofertar-me.
Éramos dois egoístas desejando a imortalidade e uma eternidade juntos.
Agora estávamos em meus aposentos privados no Castelo Skywalker, em uma cama bagunçada pelas nossas "atividades físicas" com o meu corpo arranhado pelas suas unhas sobre o seu, enquanto os meus lábios beijavam a sua boca macia. O seu gosto era doce como vinho e mais viciante que o sangue que nos alimenta. Ela era selvagem, mas uma dádiva da paz. Entretanto, ao lado de fora dos portões da minha residência um grupo de religiosos da Ordem Jedi — Caçadores de Vampiros e criaturas sobrenaturais — preparam as suas tochas e estacas de prata.
