✦ Capítulo 1

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Maio de 1728 – Versalhes, França.







Era primavera mais uma vez, as mais abundantes flores cultivadas nos jardins do palácio estavam florescendo novamente, os arbustos verdes já estavam aparados, adornando toda a paisagem, o céu brilhava num tom azul e algumas nuvens se pareciam macias feito ramos algodão. Parecia que o calor do sol trazia felicidade, aquela manhã começou movimentada no palacete, a família real francesa passaria alguns meses naquela construção, era a época de eventos sociais, a realeza se misturando com a elite, bailes, jantares, piqueniques, eventos beneficentes, todos as ocasiões eram agraciadas com a presença da rainha e da linhagem da família de sangue azul.

Naquela manhã o príncipe Louis tinha sido acordado pelo criado particular, os olhos tremeram pela claridade que parecia varar suas pálpebras quando as cortinas foram puxadas, revelando o clarão do sol, por isso o ômega se afundou nos diversos travesseiros, puxando o cobertor de algodão por cima do rosto, reclamando quando ouviu seu nome ser chamado, ou melhor, "vossa alteza". Era terça-feira, Louis tinha obrigações, primeiro precisava se alimentar com as irmãs, o que era uma das piores tarefas, pelo menos no palácio de inverno o creme de mamão era sempre muito saboroso. Depois ele precisava tirar medidas para que novas vestes fossem confeccionadas exclusivamente para eles, e então ter uma longa a torturante aula de francês.

"Deixe-me dormir Niall, eu sou seu príncipe e estou mandando." Resmungou abafado, apertando os olhos firmemente, ele não estava mais sonolento depois de toda a movimentação, ainda assim era preguiçoso naquele horário, escutando o criado rir daquilo, puxando a borda do cobertor bordado, revelando o príncipe, sem manter a sutileza, Louis não era mais visto como real para o amigo. Abrindo os olhos azuis zangado, Niall estava sorrindo como de costume, estendendo a mão com o roupão branco, com pequenas pérolas bordadas, somente para que o príncipe cobrisse o pijama, não era um traje apropriado para andar pelo palacete.

"Bem, deve vestir seu robe e se alimentar meu príncipe, é uma ordem da rainha e prefiro me curvar as ordens dela neste caso." Disse risonho, e Louis grunhiu, não desejando se levantar da cama tão macia, tantos travesseiros para serem abraçados, cobertor quente e macio. Mas ele o fez, levantando o tronco, e Niall ajudou-o a puxar aqueles tecidos amassados, deixando o príncipe afastar as pernas, passando o dedo sobre a franja despenteada, o cabelo apontado em todas as direções, ele afastou os braços, vestindo o roupão de tecido leve, Niall passou por seus braços como de costume. "Um passarinho me contou que algumas cartas chegaram essa manhã." Fofocou falando baixo, e Louis se virou com os olhos bem abertos.

"Ora Niall, quero saber os detalhes. Há alguma endereçada a mim? Do príncipe de Gales quem sabe? Dizem as más línguas que ele pretende me cortejar no próximo semestre." Louis resmungou ansiosamente. A muito tempo Niall sabe da divertida paixonite do príncipe por Sam Claflin, o príncipe maduro de Gales, sabia disso porque era o melhor amigo do ômega, estavam sempre andando de mãos dadas por aí e fofocando. No entanto, o beta precisou negar, curvando a boca, aparentemente não tinha nenhuma enviada de Gales no Reino Unido, então Louis bufou novamente, balançando os ombros já vestido no robe. "Ainda assim, recebi alguma carta?" Perguntou baixo, suspirando prolongadamente.

"Foi um burburinho das cozinheiras, parece que existe uma da princesa Gemma, certamente é para você, meu príncipe." Murmurou assegurando, mexendo o rosto de cima para baixo, mantendo seu sorriso curvado para cima, Louis esticou os lábios, concordando um pouco mais alegre, a princesa caçula da Inglaterra era uma grande amiga, fazia meses desde que não recebia uma carta desde que enviou uma, as correspondências estavam demorando tanto quanto as visitas. Mas era primavera e Louis sabia o que uma carta significava. "Estarei esperando vossa alteza no corredor, não se atreva a deitar-se novamente." Niall afirmou, e Louis arqueou a sobrancelha, como aquele plebeu ousava? Horan estava muito confiado, mesmo assim o ômega sorriu depois de rolar os olhos, precisava cuidar da higiene, era europeu mas não era adepto a cheirar mal.

Sealed Love ❃ (l.s) ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora