Até a Luz Apagar | Yandere x S/n

𝔖𝔢𝔱𝔢

Kentaro me abraçou contra minha vontade. Ele estava tentando demonstrar carinho, mas a única coisa que se passava pela minha mente era o quão perigosamente próximos estávamos. Ele beijou minha cabeça e a alisou, sempre dizendo que tudo iria ficar bem. Eu deixei que a água levasse minhas lágrimas embora e consegui recompor a minha postura.

– Por favor, fique longe... – Eu conseguia sentir o corpo de kentaro colado no meu. Felizmente o tronco para baixo ele afastou para não encostar em mim. Mas do que adianta? Eu tenho muitas coisas para me preocupar.

– Eu não posso me afastar. Você precisa de mim. – Kentaro beijou minha bochecha em seguida da minha clavícula. Eu estremecia toda vez que sentia os lábios dele na minha pele. Segurei o ombro de Kentaro para o afastar, e consegui.

– Não preciso de você! Eu só quero que me deixe em paz!

– S/n, você sabe que precisa de mim. Não adianta negar. Eu vou estar na sua vida pelo resto de seus dias. – Ele colocou a mão na minha bochecha e me olhou com empatia. (É o que pensa...). Eu fiquei calada. Kentaro tentou buscar alguma reação minha, mas permaneci quieta. – Você não vai falar? – Ele parecia incomodado. (Se eu não responder as provocações dele, talvez ele me deixe em paz?). Eu ignorei Kentaro, desviando meu olhar. Pelo canto do olho, consegui ver Kentaro dando um sorriso, parecendo se divertir com isso. (É para ficar incomodando!). – Você realmente não vai dizer nada? Que coisa, S/n. O silêncio pode trazer muitos perigos, principalmente para você ~ – Kentaro conseguiu ir além do que minhas mãos conseguem segurar e se colou comigo novamente. Eu arfei, surpresa com o ato repentino. Ele lambeu os lábios e mordeu meu pescoço, o lambendo e chupando.

– P-Para! – Eu não sei porquê o meu corpo respondia da forma que Kentaro desejava. Fiquei corada rapidamente e lutei para ele se afastar. Ele ria enquanto os próprios lábios pressionavam contra minha pele. Mais uma mordia e eu arrepiei. Os cabelos de Kentaro fazia cócegas no meu queixo. Trocamos olhares. Ele me desejava, e eu apenas queria ir embora. Eu nunca notei antes que Kentaro tinha olhos tão profundos. Seus olhos de cor vermelha se destacava em meio ao tudo, assim como a Lua de Sangue. – Me deixa ir! – Ele me abraçou para eu não poder me afastar.

– Você claramente está gostando disso, então porquê eu deveria parar? – Ele sorriu em frente ao meu rosto, tornado mais visível os seus dentes afiados.

– Seu idiota! Você fez tantas coisas erradas! Isso não é certo!

– É mais do que certo. Eu te protegi e te quis durante minha vida inteira! É justo que você seja minha.

– Eu não sou sua!

– S/n, você até agora só conseguiu fazer o que eu deixei. Você me pertence e eu mando em você. – Kentaro puxou meu cabelo, inclinado meu pescoço para trás. Ele o olhava como se fosse um grande banquete. Ele mordeu bastante. Não conseguia ver, mas imaginava que estaria roxo. Eu não consegui aguentar esse sentimento estranho. Estava ciente de que Kentaro é uma pessoa ruim, mas isso está começando a se tornar prazeroso para mim. Talvez seja como a síndrome de Estocolmo? Teria chances de eu estar aceitando Kentaro? Não, não consegui imaginar eu sendo amigável naturalmente com ele. Eu arranhei as costas de Kentaro em uma tentativa de fazer ele se afastar, porém... – Assim eu não consigo me segurar...

– E-Espera! – Kentaro se inclinou por cima de mim, me beijando. Ele me olhava com muita paixão.

– S/n, eu te amo muito. Não é minha intenção te fazer mal, mas... Eu não quero que você fique por mais tempo longe de mim.  – Ele dizia perto dos meus lábios. Eu senti meus olhos arderem e lágrimas caiam sem parar. Kentaro me observou e ficou limpando minhas lágrimas. – Não chore... Você está comigo. – Ele beijou minhas bochechas, onde minhas lágrimas passavam. – Vai ficar tudo bem... – Minha garganta se apertou ao tentar segurar o choro.