Submerso

Entrando na Onda

Submerso ― Entrando na Onda

por chogiwei

Coragem: substantivo feminino; moral forte perante o perigo, os riscos; bravura, intrepidez. Firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil.

Byun Baekhyun e Park Chanyeol costumavam ser aquilo que chamava de casal ideal, eram o verdadeiro sonho de relacionamento perfeito para todos aqueles que costumavam conviver com o casal em sua época de ouro no Ensino Médio.

Chanyeol era o esportista que dava tudo de si nas competições, que era tido como um dos melhores nadadores da equipe da escola e que conseguia conciliar com os estudos para nunca tirar uma nota abaixo da média. Enquanto Baekhyun, era o aluno aplicado, liderava as feiras de ciência, dava aulas de reforço para os outros alunos e sempre ajudava da forma que podia o Grêmio Estudantil.

Não sabiam ao certo dizer quando se tornaram melhores amigos ou como isso aconteceu, mas sentiam que se conheciam desde sempre, mesmo que na verdade, só tenham de fato se conhecido quando saíram da escola primária e entraram juntos no colegial, por volta dos onze anos de idade.

Os sentimentos passaram a se tornar confuso antes mesmo de se darem conta, mas só foram engatar naquele relacionamento digno de cinema, quando entraram oficialmente no primeiro ano do Ensino Médio.

Baekhyun lembrava-se com clareza dos suspiros encantados das meninas pelos corredores, quando Chanyeol, com toda a sua altura e cabelos molhados, usando a jaqueta da equipe de natação depois dos treinos, se aproximava do Byun nos corredores e trocavam um beijo rápido, mas cheio de olhares apaixonados.

Lembrava-se da vibração das pessoas sempre que o Park ganhava uma competição e invadia a área das piscinas para parabenizá-lo com um beijo de tirar o fôlego, sendo suspenso no ar pelos braços fortes do nadador.

Conseguia sentir as mesmas borboletas no estômago apenas por lembrar tudo o que viveu ao lado do grande amor de sua vida, oito anos atrás.

Teve que respirar fundo e fechar os olhos com força, sentindo as bochechas esquentando com a lembrança daqueles míseros dois selinhos que trocaram dentro de seu carro na última sexta.

Queria muito não ter se sentido tão afetado com aquilo tudo, mas não conseguia ser desleal aos seus sentimentos, não conseguia mentir para si mesmo e fingir que não sentia seu coração disparado a todo momento, em uma mistura de apreensão e ansiedade.

Mas aquela era a realidade em que se encontrava. Muitos anos haviam se passado, tinha plena consciência de como esteve apático em relação aos seus sentimentos pelo surfista durante aquele período, contudo, começava a questionar tudo o que estava acontecendo dentro de si naquele momento.

Assim como havia conversado com o rapaz no último encontro que tiveram, acreditava realmente que o destino era capaz de guiá-los para o caminho que fosse mais certo para eles, mesmo que na hora fosse difícil de compreender.

E era exatamente isso que sentia ali, tendo o coração disparado apenas por olhar em sua agenda que o próximo e último paciente do dia, era ninguém além de Park Chanyeol.

Começava a ter quase que uma certeza vibrando dentro de si, de que, sim, o destino havia os separado por aquele longo período e não conseguiram seguir em frente com nenhuma outra pessoa, simplesmente porque estavam destinados um ao outro.

Sentia dentro de si, que haviam sido separados para que seguissem focados nas carreiras profissionais, que conseguissem amadurecer para, só agora, poderem se reencontrar, com todos aqueles sentimentos e emoções ainda mais vívidos dentro de si.