FLUFF — baseado no fato de Dinah já ter confirmado sofrer de paralisia do sono. A paralisia do sono é um transtorno que ocorre logo após acordar ou no momento em que se está tentando adormecer e que impede o corpo de se mexer, mesmo quando a mente está acordada. Assim, a pessoa acorda mas não consegue se movimentar, causando angústia, medo e terror.
(...)
Seattle
Washington
EUA— Quem é você? — Dinah perguntou mais uma vez. Estava em um quarto escuro e a única luz que havia no lugar vinha da lanterna que ela segurava. Ela a apontou na direção da figura mas não viu nada além de uma pessoa sem rosto e com os braços estendidos na sua direção se aproximando. Algo no rosto da figura se rompeu e uma linha se abriu no lugar onde estaria a boca caso a figura tivesse um rosto.
— Dinah... — a figura a chamou e o coração da polinésia se apertou dentro do peito. Ela se esforçava por tentar respirar mas não o conseguia fazer direito e as suas pernas não se moviam. Ela não conseguia fugir. Estava presa ali.
— De novo não. De novo não. De novo não.
Dinah sussurrou baixinho sentindo as lágrimas humedecerem os seus olhos. Ela os fechou e contou até dez, voltando a abri-los para se deparar com o teto do espaço do seu beliche no ônibus da turnê. Tentou mexer os seus braços mas não conseguia. Estava novamente paralisada e naquela posição mal conseguia respirar. O ar começou a faltar nos seus pulmões e a loira tossiu, tentando gemer e gritar por ajuda. Era em vão. Não tinha força o suficiente para fazê-lo.
Ela tentou voltar a se mover, tentou se atirar da cama e cair no chão para pelo menos chamar a atenção de alguém para que a ajudassem mas não conseguia. Não conseguia se mexer. Não conseguia falar. Não saía nenhum som da sua boca além de uns míseros lamentos e baixos gemidos. Ela juntou todas as suas forças e tentou gritar ou pelo menos gemer mais alto mas o som sempre saía abafado. Nenhum dos seus músculos se movia e ela só conseguia deixar que pequenas lágrimas caíssem de seus olhos.
Estava acontecendo de novo.
Tentou chamar por alguém mas nenhum som saiu. Tentou novamente e apenas um fraco gemido saiu dos seus lábios. Tentou formar palavras mas apenas saiam sons desconexos e confusos. Chamou pelo nome de Normani com todas as forças que lhe restavam, tentando segurar a coberta com as pontas dos dedos.
— M-mani... — sussurrou com a voz entrecortada conseguindo mover os dedos levemente. Pediu ajuda mais alto sussurrando sílaba por sílaba. — So-co-rro...
Sabia que de entre todas as garotas, Normani era a que tinha o sono mais leve. Lauren colocava sempre música no fone para adormecer. Camila adormecia facilmente e sonhava muito, não conseguindo identificar o que era sonho e o que era realidade. Ally era quem estava mais longe e tinha um sono mais pesado. Nenhuma das três acordaria com seus gemidos de agonia. Normani era a única que acordava com os sussurros desesperados de Dinah. Era ela que a ajudava nas noites em que estava sofrendo.
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norminah oneshots
FanfictionUma coleção de histórias curtas aleatórias sobre Norminah.