SMUT — com conteúdo sexual explícito e personagem intersexual (g!p).
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Normani Hamilton era a pessoa que Dinah Jane encarava como principal adversária. Não importava qual fosse a modalidade ou esporte. Podia ser basquete, futebol, natação, dança, atletismo ou até mesmo tênis, Normani dominava todas. Talvez Dinah devesse simplesmente aceitar que ela era superior nos esportes, porque realmente era verdade e ela o sabia. Hamilton era uma profissional e, mesmo que ainda estivessem no último ano da escola, ela já agia como se fosse uma atleta de alta competição. Era como se ela já fosse uma das jogadoras de basquete do NBA, ou como se ela já fosse uma bailarina profissional que abria os shows da Beyoncé. Ela era talentosa, inteligente e muito bela. E até Dinah sabia reconhecer isso.
Mas, embora Normani tivesse todos esses atributos, ela ainda continuava sendo uma grande chata e extremamente arrogante.
Sempre que tinham aula de Educação Física, Normani e Dinah brigavam. Não era uma briga feia ou realmente preocupante ao ponto de terem de ser levadas a conversar com o diretor da escola, mas elas se alfinetavam o tempo todo. Toda a escola já sabia daquela rivalidade. que, para eles, era extremamente divertida. Às vezes, até incentivavam as brigas das duas: uns gritavam para que elas caíssem na porrada e alguns adolescentes eufóricos falavam que ia acabar dando em beijo. A verdade era que elas sempre achavam um jeito de trocarem indiretas e olhares de desprezo.
No final das aulas de Educação Física, elas sempre se enfiavam no banheiro coletivo, junto com o resto das meninas, e tomavam banho. Mas nunca ao mesmo tempo. Normani era sempre a primeira a tomar o seu duche, sozinha e isolada das outras. Já Dinah ficava se enrolando porque não queria tomar banho perto da garota com quem brigava diariamente e era sempre a última. Ainda assim, quando a negra saía só de toalha, elas sempre se encaravam e trocavam um olhar completamente diferente dos que passavam o dia trocando. Não era ódio, nem raiva, muito menos nojo ou desprezo. Era um olhar novo que nenhuma das duas entendia. Era pena que sempre acabasse sendo interrompido pelas outras garotas gritando obscenidades para Normani ou cantando músicas no duche.
Dinah seguia a sua rotina, após Normani sair do chuveiro. Tomava banho, lavava o cabelo e, quando saía de toalha, Normani já estava vestida e sentada escutando música com seus fones plugados no celular moderno. A loira puxava as suas roupas de dentro do seu armário vermelho número 27 e se vestia ali, de frente para Normani. Rápido. Sem sequer a olhar. E, quando terminava, Dinah secava seus cabelos longos e loiros tingidos com a toalha. Depois tentava desembaraça-los com um pente mas sempre acabava desistindo dessa tarefa. Por essa altura, Normani já estava passando perfume e começava com as mesmas piadas de sempre.
— Como você aguenta essa juba, Dinah Jane? Se eu fosse você já teria raspado a cabeça. Talvez você conseguisse ficar bonita careca, já que com cabelo não é grande coisa. — riu Normani, tentando, mais uma vez, tirar a loira do sério. A polinésia tinha aprendido desde cedo, ainda em criança, a ignorar os comentários maldosos das pessoas, mas era teimosa e nunca conseguia manter a sua grande boca calada.
