CAPITULO (18) PÉSSIMA IDEIA

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POV STEFANI.

Os dias passaram em uma rotina boa e agradável... Levava eles pra escola, buscava, trabalhava e a noite dormia agarradinha a ela com muito carinho e uma cumplicidade gostosa que estavamos criando.

Era o que estava pensando as 16:45hrs Quando estava chegando em casa.

Na sala ouvi um barulho ou um soluço baixinho, procurei de onde vinha e no cantinho atrás da mesa de jantar ela estava sentada olhando para as maozinhas com o rosto vermelho.

Me ajoelhei ao seu lado sem entender.

Stefani: O que aconteceu? Te fizeram alguma coisa? Você esta bem?

O choro se intensificou.

Stefani: Responde estou ficando preocupada

Nada de falar.

Stefani: Vamos sentar no sofá, vem.

Estendi a mão pra ela e firmei ajudando ela se levantar.

Sentamos no sofá ainda em silencio.

Stefani: Vem? Quer um colinho?

Ela assentiu e se sentou no meu colo no mesmo instante apoiando a cabeça em meu ombro.

Como uma criança.

Stefani: Me conta.

Mirella: Não aconteceu nada, só estou com saudades dos meus pais.

E o soluços aumentaram.

Eu não pude evitar ficar triste com isso
Tinha meus pais sempre me apoiando em tudo inclusive na questão de ser bissexual. Não conseguia imaginar a dor de ser rejeitado, abandonada a propria sorte.

Apertei o Abraço e não pude dizer nada que fizesse aquele sentimento passar.

Stefani: Vai visitar eles. Orgulho não leva ninguém a lugar nenhum, pede desculpa diz que mudou.

Mirella: Se eles me rejeitarem... Acho que não aguento.

Stefani: Aguenta sim.

Gustavo: O Ste, pode dar uma olhada no meu conversor não consigo ligar.

Gustavo parecia aborrecido quando chegou a sala

Gustavo: Chorando de novo Mirella?

Mirella: Me deixa.

E soluçou mais forte.

Stefani: Depois vejo.

Gustavo: É sempre primeiro ela.

Stefani: Não acha que vou deixar ela com um problema assim pra ver algo fútil.

Ele saiu emburrado

Stefani: Então... Ja chorou outras vezes?

Mirella: Quando você não esta aqui eu me sinto muito só, é inevitável não pensar.

Stefani: Quer ir lá?

Mirella: E se não quiserem me ver?

Stefani: Pelo menos tentou, mas acho impossível.

Mirella: Então quero... Mesmo que não me deixem ficar so quero ver eles

Stefani: Vamos. Lava esse rosto e sorria.

Ela sorriu fraco e subiu.

...

O caminho foi alegre ela cantou uma música que passava e brincou com um cubo mágico.

Parei na frente da casa de seus pais.

Mas na real se soubesse nunca teria ido ali.

Ela desceu e seguiu pra porta.

POV MIRELLA

Com passos incertos caminhei até a porta da casa deles.
Acho que tinha dois meses mas pareciam anos.

Bati e enquanto aguardava meu coração bateu com força.

A porta se abriu e minha mãe me olhou com espanto.

Meu pai surgiu em seguida com olhos arregalados mas logo sua expressão mudou... Para raiva.

Otavio: O que você faz aqui? 

Mirella: Eu... Eu...

Otávio: Aqui não tem lugar pra você!

Mirella: Eu só vim visitar vocês e pedir desculpa quem sabe

Marcia: Parece que você não precisa da gente então por favor vá embora!

Otavio: Já eu acho que ela ta tentando voltar com o rabo entre as pernas. Não conseguiu dar o golpe dos sonhos? Digo e repito você não volta pra minha casa.

Mirella: Pai eu não quero voltar... Eu só vim aqui ver vocês sinto falta

Otávio: mentira quando estava por ai de safadeza procurando macho rico nao não se lembrou da gente, quando entrou numa boate fingindo ser maior, quando passou três dias foras....

Marcia: Já que tem onde ficar vai embora é melhor.

Mirella: Não acredito que possam ser tão cruéis assim.

Otavio: Estamos nos protegendo de você.

Mirella: Vocês tinham a obrigação de me proteger.

Otavio: Já fiquei sabendo do seu comportamento recente na escola. Lamentável e vai acabar perdendo a bolsa pra largar de ser tão inconsequente.

Mirella: Não sabem o que estão falando!

Senti lagrimas queimarem meu rosto.

Otávio: Fora. Segue seu caminho, não podemos dar o que você que ter.

Aquilo foi mais que um tapa na cara
Doe mais que ser esmagada por um elefante.

Me senti um nada, sem nada, sem raízes... Humilhada.

E olha que nem fiz nada!
Não roubei
Não Transei
Não engravidei

Será que foi tão imperdoável assim.?

Não sei se a Stéfani escutou a conversa
Quando voltei para o carro ela estava me esperando com janelas fechadas.

Sentei ainda olhando a minha casa.
Senti ódio.

Mirella: Espero nunca mais voltar aqui, prefiro ir pra um cemitério.

Stefani: O que foi?

Mirella: Foi horrível, pior experiencia da minha vida. Mas eu te falei que seria assim.

Stefani: Talvez precisem apenas de tempo.

MIrella: Eu não preciso de tempo, estou pedindo desculpa, estou com saudades agora o tempo só vai servir pra me fortalecer pra eu não precisar ser humilhada assim de novo.

Falava com ódio, sentindo o peso das palvras se arrastarem pelo ar.

Ela ligou o carro.

Stefani: Me Desculpa por ter insistido

Mirella: Não tem problema ajudou muito.

Que raiva!
Eu queria gritar, estravasar, joga tudo pro alto, bater portas! Mas me conformei em apertar minhas mãos e sentir as unhas atravessar a pele fina.

Plano B'aysOnde histórias criam vida. Descubra agora