Sem rotulos

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Pov Nat:

Cheguei na em frente a casa da Sn não faço ideia de como eu não bati o carro no caminho, mil pensamentos, nenhuma mulher me deixou assim. Estou nervosa com as maos suando e com um grito entalado na garganta. Logo Liz me vê pela janela do apartamento e vai avisar Sn.
Quando meu celular vibra.

Mensagem on

Liz: chefinha tome cuidado para não magoar minha amiga. Ela esta tão nervosa que teve uma crise de ansiedade no caminho pra casa.

Nat: ok, só vamos conversar. Obrigada por me avisar.

Liz : ela está descendo.

Mensagem off

Quando vejo a porta abrir, ela está linda, veio em minha direção e me deu um abraço, por um momento eu travei

Sn: pode me soltar- diz rindo

Ah desculpa- abro a porta do carro pra ela entrar. Ela esta tão cheirosa.

Sn: onde vamos ? - Diz enquanto coloca o sinto.

Surpresa, mas acredito que você vai gostar. - saímos dali e dirigi pela estrada com ela sem dizer uma palavra se quer, ligo o rádio para quebrar o clima e está tocando uma música aleatória. Quando der repente ela quebra o silêncio

Sn: como você está?

Estou bem agora e você? Está confortável? - digo sem tirar os olhos da estrada.

Sn: sim, confesso que estava nervosa antes, confesso que estou com medo de me apegar, só isso- diz ela olhando para frente

Não pense nisso, sem combinados sem compromisso, só vamos deixar acontecer ok ?

Sn: sim. 

Algumas horas depois:

S:Estamos chegando ?

Sim, é logo aí na frente, chegamos. Bem vindo ao refúgio de uma Romanoff.

Sn: se você for me matar que seja rápido- diz ela rindo e andando em direção a casa.

Relaxa princesa. Faz muitos anos que eu não venho aqui, muitos anos mesmo. Acho que éramos crianças com 10, 12 anos. Meu pai mandou construir essa cabana quando foi pedir minha mãe em casamento. Eles passaram a noite aqui e depois só vínhamos pra passar o dia e ir embora eram raras as vezes que dormíamos aqui, meu irmão detesta esse lugar. Uma vez ele caiu da árvore e ficou muito bravo, acabamos que fomos embora na hora de tanto drama.

Sn: aqui é calmo, dá uma paz - diz ela respirando de olhos fechados.

Da mesmo, tinha me esquecido dessa sensação. Vamos entrar, nana pediu para que limpassem tudo de última hora. Essa mulher não existe.

Sn: você gosta muito dela né?! Digo da pra sentir no tom da sua voz, e na dela quando fala de você.

Quando eu nasci, minha mãe biológica morreu no parto, ela era uma das modelos do meu pai, e em um dos trabalhos na Rússia acabou engravidando. Logo ela ligou para meu pai, ele já tinha o Tony e já era casado. Mas ele não ficou com medo do casamento dele acabar, ele abriu o jogo com Maria e ela disse pra me buscarem quando eu nascesse. Minha mãe biológica concordou pois ela estava no auge da carreira. Assim foi, quando eu nasci meu pai fui pra me buscar. Mas minha mãe não conseguiu nem ver meu rosto. - digo segurando uma lágrimas

Sn escuta tudo em silêncio, - então quando eu cheguei Nana cuidou de mim como minha mãe. Maria sempre esteve presente, sempre me colocou na cama, nunca fez diferença entre mim e Tony, ela simplesmente me amou desde o começo. Nana sempre junto, do primeiro passo, o primeiro dente , o primeiro tombo sempre comigo, perdi minha mãe biológica, perdi Maria minha mãe só não posso perder Nana. Acho que isso eu não aguento.

Sn: vem cá me da um abraço, sinto muito por sua perda, não imagino o que você esteja sentindo.

Tudo bem, mas vem cá me fale sobre você. - digo enquanto pego uma cerveja na geladeira enquanto ela se senta a mesa 

Sn: bom eu sou órfã, cresci em um orfanato sei lá desde quantos anos. Eu não sei quem é meu pai e mãe, também nunca fiz questão de procurá-los e saber o motivo de terem me abandonado. Com 10 anos fui para lar adotivo. Que são meus pais, sempre maravilhosos comigo- ela pega o celular e me mostra fotos de dois homens - este é Francis e o outro é Pedro, meus pais nunca me deixaram faltar nada, sempre de deram de tudo. E você deve imaginar o caos de uma adolescente morando com dois pais. Eu fui embora com 22 anos de casa pra vir pra cá. No começo eles ficaram meio receoso mas depois me apoiaram total. E hoje estou aqui com você.

Você quer conhecer o lugar? - digo mostrando a sala. - apresento todos os cômodos que não são muitos. Esse era meu quarto e do meu irmão. 
Como eu amava esse quarto, tem duas camas mas eu dormia com meu irmão, morria de medo, ele brigava mas depois deixava.
  O quarto dos meus pais, ainda tem coisas deles por aqui. Roupas da minha mãe ainda continuam no mesmo lugar e apesar dos anos ainda tem seu cheiro.

Sn: ela tinha bom gosto e ela era linda.

Era mesmo, ela iria gostar de você- ficamos mais um tempo conversando, demos risadas, entre uma cerveja e outra, o tempo passa e nos vamos nos entendendo mais. Sei de seus medos e ela os meus, sei de seus namorinhos de criança e ela os meus, sei de seus sonhos e ela os meus.

-deixa eu te mostra o melhor lugar da casa, no caso fica fora dela.- pego alguns edredons pois estava meio frio la fora.
Esse aqui era o meu lugar, eu que construí. Minha própria casinha na árvore, depois disso meu pai fez a de casa.- me sento no chão e ela ao meu lado. Nós duas paramos para ouvir o silêncio.

Sn: posso te perguntar uma coisa. Por que me trouxe aqui.

Eu já estava vindo para cá quando ligou, como você queria conversar, e queria te conhecer em um lugar muito especial pra mim.

Sn: eu tenho medo.- medo de nos aproximarmos e você fugir.

Eu não vou, você é a única que conseguiu me prender. - puxo ela para se sentar em meu colo, ela se senta com uma perna para cada lado se envolvendo em minha cintura. - você fez ver cores no momento em que eu te vi.

Sn: você diz isso a todas? -diz ela se escondendo em meu cabelo

Não, nem nunca trouxe alguém aqui antes, eu só não quero rótulos, a gente se conhece a dois dias, quero muito te conhecer mais.

Sn: sim, você está livre para ficar com quem quiser. Assim como eu , eu não quero que fique presa a uma coisa que não existe. só vamos deixar acontecer.

Tudo bem, posso te pedir um beijo? - ela me beija, calma e lentamente, só consigo sentir seu corpo perto do meu, seus lábios macio e seu cheiro. E nada mais. O silêncio da floresta nos embala, coloco ela deitada no chão e continuo beijando-a. Quando percebo estou com a mão por dentro da sua blusa, e ela está beijando meu pescoço. Tiro meu moletom e volto a beijar ela. Cada vez mais quente e ardente, tiro seu cropped e vejo se cobrir com as mãos.

Relaxa- digo beijando seu pescoço. Fazendo ela arfar

Sn: espera eu preciso te falar uma coisa- diz ela gemendo enquanto eu abocanhava seu seios.

Quer parar ? - falo olhando em seus olhos. Se quiser não tem problema eu fui rápido de mais.

Sn: não, é que eu sou, sou virgem - diz colocando a mão no rosto.

Sério? Por que não me disse antes?  - ela continua com o rosto coberto pela mão.

Sn: não achei que isso ia acontecer até aquele dia em sua casa. Ao mesmo tempo que eu quero eu tenho medo .

Tudo bem princesa, paramos por aqui agora se quiser. Se quiser continuar eu prometo ir com carinho. Mas não quero quero vc se arrependa, eu tenho que entender.

Sn: eu não sei se estou pronta- diz sem me olhar.

Hey tudo bem! Eu não vou te forçar a nada- digo segundando seu queixo para que ela me olhasse.

Sn: deixar rolar é o plano não é?! Então.. - ela enterrompe o que ia dizer com um beijo calmo e intenso...

Nota da autora
E ai o que vocês acham que vai acontecer, sn vai até o fim? e depois como Nat vai reagir.

O momento certo.Onde histórias criam vida. Descubra agora