a garota e suas mascaras

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ela é uma jovem que seria bonita se não vivesse em seu quarto chorando e sofrendo por conta de seus problemas, sua família não é ruim, mas não a da atenção o bastante para a fazer se sentir bem.

todos os dias a garota se levantava sempre deixando um pedaço de sua personalidade, felicidade e vontade de viver para trás como se estivesse mais próxima de desistir a cada dia.

ela cambaleou até seu banheiro encarando seu rosto de zumbi no espelho com desgosto deixando mais um pedaço de sua alma para trás com a tristeza que emanava de seu corpo.

seus olhos castanhos claros tinham rodas escuras abaixo deles os deixando sem vida mesmo sendo lindos. seus cabelos bagunçados e seu rosto inchado deixavam sua aparência bem mais morta do que já estava.

passou água em seu rosto com agressividade olhando seu rosto que se encontrava um pouco melhor que antes. penteou seus cabelos de forma rápida os deixando ainda um pouco bagunçados. respirou fundo e tirou um sorriso de dentro de seu estômago que embrulhava por conta desse esforço que agora não era tão difícil de manter.

vestiu a mesma roupa de sempre que era seu uniforme e desceu as escadas de sua casa com seu sorriso mentiroso no rosto pálido que parecia bonito som um sorriso.

chegou a cozinha se sentando na mesa junto a seus pais que sorriam de forma mentirosa também. Ninguém disse uma palavra o único barulho que percorria a enorme sala era dos talheres que batiam no pratos de porcelana.

nenhum deles se importava com o silêncio, eles gostavam com seguiam pensar e fazer suas coisas sem serem interrompidos as únicas coisas discutidas eram apenas mais importantes e nunca são mencionadas em meio a refeição.

a jovem se levantou levando seu prato até a pia voltando até seu quarto para poder escovar seus dentes para ir a sua depressiva escola particular cheia de pessoas ricas e fingidas como ela.

a garota pálida que parecia uma linda escultura que se mexia de forma desanimada, mas o mais elegante que conseguia passando por seus pais que não a desejaram nem um bom dia, mas ela já estava acostumada com esse tipo de tratamento

ao chegar no carro o motorista abriu a porta encarando o rosto da jovem que se mantinha sem expressão alguma, com um grande desânimo pensando em várias maneiras de poder desistir, mas não tendo coragem para realizar nenhuma delas.

no carro olhando a estrada sua mente fluía em vários pensamentos distantes como a maioria das pessoas fazem quando estão entediadas, mas ela só pensava se iria fazer falta se desaparecesse, se seus pais dariam atenção pelo menos para seu funeral.

sua família era muito afastada, seu pai era um médico muito bom e ocupado enquanto sua mãe uma empresária muito bem sucedida. como ambos tinham trabalhos que ocupavam a maior parte de seu tempo não davam atenção a sua filha.

em meio a seus pensamentos não percebeu quanto chegou a grande escola particular que ela era obrigada a frequentar para não ficar em sua casa melancólica e vazia. ela saiu do carro balançando seus cabelos escuros e longos chamando grande atenção por conta de sua beleza.

as pessoas falsas se aproximaram da garota sorrindo a fazendo retribuir com um grande sorriso que não sabia de o de tinha tirado já que não estava nenhum pouco feliz. a garota foi arrastada pelos seus amigos que fingiam estar interessados em sua vida monótona.

a garota respondia as perguntas e todos riam de algumas respostas junto a ela, mesmo ninguém tendo achado engraçado de verdade, o único motivo para o grupo existir de verdade era porque cada um tinha um interesse diferente nas conquistas ali.

alguns queriam a popularidade, outros a companhia de gente com grande fama, dinheiro e seguidores. outros queriam apenas não ficarem sozinhos, fingiam gosta e participar de um grande grupo para não parecer excluído já que ninguém iria querer ser vítima de bullying.

já nossa protagonista tinha exatamente esse medo, não queria ter que suportar mais problemas, aguentava seus "amigos" idiotas para não ficar sozinha o tempo todo como ficava em casa.

todos na roda estavam rindo contando piadas e falando sobre as matérias, namorados, alunos, professores e redes sociais com facilidade. mas ninguém tinha a mesma opinião apenas concordavam uns com os outros para não parecerem indiferentes.

passavam tempo juntos, mas se xingavam mentalmente, ninguém ali se tolerava, tudo se emanava ali, raiva, inveja, tristeza, nojo, medo, menos o amor da amizade que nenhum grupo da escola tinha.

com esse motivo todos se lamentável por não conseguir nenhuma amizade verdadeira, mas nenhum deles se esforçava para ser um bom amigo, todos bem idiotas.

a aula começou a como tudo era fingido todos fingiam prestar atenção, estar interessados tudo era sem vida e sem verdade parecia uma escola de zumbis que se acham.

o dia na escola se passou assim a garota sorria, ficava triste e com raiva de acordo com o assunto da conversa, mesmo não sentindo nada. Ela se esforçava para ser uma boa pessoa, mas de nada adiantava.

ela sabia que falavam mal dela em suas costas, mas fingia não se importar mesmo ficando triste com esse tipo de coisa. a garota se sentia sozinha como se não tivesse, mas nenhum motivo para estar ali.

a garota não podia julgar eles, já que ela também não era amiga deles de verdade e também falava mal deles em suas costas.

o dia acabou e o outro foi a mesma coisa, todos muito mentirosos e sem sentido.

a garota vai continuar o resto de sua vida com os mesmos atos de fingir todas suas emoções, amizades e amor falso.

passará o resto de sua vida carregando os pesos de todas suas máscaras idiotas e mal usadas.

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