um lobo em meu caminho

o lobo

Oliver se mantinha parado no lugar, somente olhando para depois da clareira por entre às árvores, aqueles dois brilhos azuis iluminados pela luz da varanda mirando em sua direção eram os olhos de um animal que brotava dos confins da floresta, sua curiosidade aumentava por pensar o que seria esse animal, pois no seu ângulo de visão parece ser de sua altura, assim o jovem rapaz se mantinha firme e parado, más não por medo, e sim por curiosidade de saber o que era sem o incomodar com sua presença, aos poucos aqueles olhos se locomoviam por entre as árvores beirando a clareira, se afastado do lado da varanda seguindo mais para o fundo da casa, Oliver ficou um pouco desanimado com a frustração de não matar a curiosidade de desvendar o tal segredo, más logo depois se animou pois ouvia os mínimos passos que ao mesmo tempo se viu um grande vulto se formando a meia penumbra indicando que aproximava-se novamente, aos poucos o escuro vulto de olhos brilhantes foi tomado forma e caminhando em direção a casa, com seus passos curtos e suaves um servo de grande galhada como cujo dito era o príncipe da floresta se aproximava de forma majestosa e calma em meio a escuridão cada vez mais perto da casa sem se importar com nada ao seu redor, se deixando ser visto a luz das lâmpadas da varanda

Oliver mal podia conter sua excitação em ver o animal, pois já tinha visto muitos servos desde sua infância quando quando caçava com o pai e o irmão, porém só via apenas fêmeas que caminhavam em manadas, e nunca um macho, e antes que sumisse de sua vista queria guardar essa recordação, bem lentamente se moveu com cautela pela varanda descendo os degraus seguindo em direção ao animal, ele pega o celular no bolso e aciona a câmera, já a poucos metros do cervo, e perto de um pedregulho prepara o flash para uma única foto precisa pois com a pouca luz que tinha seria impossível a foto sair boa e com com muito cuidado estende o braço e tira a foto, com a luz do flash o animal se assusta, recua e corre saltando por entre as árvores no meio da escuridão noturna, e Oliver sorrindo respira fundo e solta ofegante como em satisfeito com o que aconteceu

Enquanto retornava para casa, Oliver caminhava a passos lentos enquanto olhava no celular a foto recém tirada, a poucos passos perto da casa ele guarda o celular e levanta seu rosto, e nesse momento ele para, seu sorriso no rosto se desmancha aos poucos e um calafrio desce por sua espinha ao ver o enorme lobo em frente aos degraus da varanda olhando em sua direção, ele não sabia o que fazer, o animal estava de pé em frente a sua casa e olhando fixamente o rapaz, ele se perguntava o por que este animal estava ali longe de seu território e se pode haver outros em volta na possibilidade de haver uma emboscada em seu aguardo pois bem conhecia o comportamento de caça dos lobos, ele olha peloscantos dos olhos pra ver se observa outros ao redor, instantaneamente o animal da um passo a frente e Oliver de mesmo modo recua vários passos sem tirar os seus olhos do lobo, a mais um passo, Oliver levanta a mão direita em um sinal para o lobo parar - PRA TRÁS SHERAZADE, PARA! - disse ele de forma desesperada, enquanto recuava os passos, sem perceber dá um passo em falso, e vê tudo girar enquanto cai de ombro no chão e sua testa vai de encontro a uma pedra, enquanto ainda mantinha a consciência via o vulto sombrio do lobo vindo em sua direção, pensava em nas sensações antigas que retornava a sua mente e o medo que sentia quando pensava - eu acabei de chegar aqui e é assim que eu vou morrer? - sua vista logo falha e tudo escurece.

"- OLIVER, O QUE É ISSO!!!

- pa... pai, por favor calma...

- É ESSE TIPO DE POUCA VERGONHA QUE VOCÊ FAZ QUANDO VEM AQUI NO CELEIRO

- pai eu...

- NÃO ME CHAMA DE PAI, VOCÊ NÃO É MEU FILHO, VOCÊ É UMA DESGRAÇA... VOCÊ VAI EMBORA DESSA FAZENDA E NÃO VAI VOLTAR NUNCA MAIS."

Oliver está desmaiado, más aos poucos recobra consciência, ainda de olhos fechados tem a sensação de algo molhado e frio está cutucando e empurrando seu rosto, em uma ação involuntária solta um leve gemido e tenta mover o seu corpo sem entender o que está acontecendo, de repente sente algo macio, quente e úmido passar por sua testa em leves movimentos e isso lhe trazia um certo conforto, conforme ameaçava abrir os olhos, via um estranho vulto a poucos centímetros de seu rosto lambendo a sua testa, e abrindo seus olhos cansados e castanhos, outros olhos iam de encontro aos seus, olhos azuis claros e brilhantes a poucos centímetros dos seus, até perceber que esses eram os olhos do lobo, então ele se assusta e instintivamente se levanta do sofá e pula se encolhendo no canto do mesmo,  o lobo estava bem perto más logo se afasta indo em direção a porta aberta, Oliver ainda assustado deixava de olhar fixamente o animal e começava a olhar em volta percebendo que estava dentro de casa em cima do sofá a vários metros da pedra onde se acidentou, enquanto se levanta se perguntava, como ele chegou lá, e quem o levou?
ele se levanta com dificuldade e caminha até a porta aberta enquanto o lobo caminhava mais adiante, do lado de fora ele olha para os lados e procura por sinal de algum humano por perto