o urso

274 32 1
                                    

Por mais dois dias Oliver tem se sentido mais preocupado com a ausência do lobo que não apareceu desde aquele dia, durante esse tempo Oliver fez o que melhor sabia que era cozinhar, por cada refeição, almoço ou jantar, Oliver sempre preparava um segundo prato a disposição caso seu amigo retorne, no terceiro dia seu mesmo cotidiano parecia ter se tornado uma grande tristeza, mal tinha vontade de fazer suas tarefas matinais principalmente comer, pois seu cotidiano envolvia em parte a presença do lobo como assistir televisão, as refeições, ouvir música e dançar ao entardecer e alguns passeios por volta do terreno bem próximo as árvores, ele estava sentado na poltrona que estava de costas para a nova porta, olhando a esmo para o branco com desenhos padronizados do papel de parede que cobriam o teto, ficou por horas sem se importar com mais nada até que um grande estrondo de trovoada o tira de seu transe e o faz olhar em volta, logo vê em frente a janela que do lado de fora chovia forte e se pode ver grande ventania que fazia os galhos vazios e sem folhas das árvores balançar, pouco se ouvia dos barulhos de lá de fora, porém um som lhe vinha ao ouvido, sons de passos descompassados vinham do segundo andar, e isso o surpreendeu pois seria o lobo ter retornado a casa novamente pulando pelo segundo andar, rapidamente Oliver se levanta e sobe a escada em direção ao quarto, e ao abrir a porta, ele suspira com desapontamento pois a porta da varanda no quarto estava aberta dando leves batidas descompassadas no canto, metade do quarto recebia a tempestade em seu interior molhando o chão e o tapete cinza, rapidamente foi em direção a porta e a fechando, desceu novamente as escadas para buscar um pano de chão e um balde para secar a água da chuva que estava pelo quarto

Após o termino, ele olha a chuva cair lá fora, com menos intensidade que antes, porém permanecia forte, o topo das árvores balançavam com a tormenta e os contornos das nuvens escuras se moviam mais rápido demonstrando a força dos ventos, numa certa distância Oliver observa no céu nublado, quatro pássaros que voavam em bando quase desaparecendo entre a névoa das nuvens e reaparecendo, observando atentamente percebe um comportamento diferente nos estranhos pássaros, o da frente parecia estar sendo perseguido pelos outros três como um ataque que em seguida parecem de vez por entreas nuvens, e ao observar com mais atenção sua mente lhe parecia pregar peça pois tivera a impressão de estar vendo outra coisa, pois antes de desaparecerem ele percebeu que esses pássaros tinham a forma corpórea de lobos com asas de cores diferentes e bem vivas, ele estranhava aquilo e a si mesmo,pensava estar enlouquecendo sua mente estava lhe pregando peça como um sonho confuso e lúcido, ele virou-se de imediato e saiu pelo quarto afora para a cozinha tentando entender e ao mesmo tempo esquecer

Como a noite se aproximava Oliver estava sentado no chão encostado no sofá assistindo na televisão um anime chamado trigun que estava salvo na memória do notebook, mal via o tempo passar assistindo todos os episódios,  quando viu no celular que já passava de 23:36, ele se levanta e vai até a cozinha preparar o jantar pois não havia se alimentado o dia todo enquanto terminava de fazer uma sopa de miojo com o resto de algum ensopado que congelou em um pote, enquanto pegava uma vasilha na pia olhou para frente e pela janela e foi surpreendido com uma movimentação por trás das árvores, era um corpo grande e peludo que se movia a passos largos na escuridão se moveu em direção a frente da casa Oliver se mantinha parado tentando ver o que era, e logo sai da cozinha seguindo rapidamente para a porta, ele a abre porém não vê nada, ele sai e vai até a ponta da varanda, se inclina pela sacada e vê na metade da casa a meio caminho de onde está dois brilhos azuis iluminados pela luz da varanda em meio as árvores, ele dá a volta e vai até lá a passos lentos e para perto da parede de frente para o vulto, olhava para aqueles dois brilhos sem perdê-los de vista

- lobo!, amigo, amigão, eu sinto muito ter gritado com você, mas eu tive meus motivos e você também tem suas partes nessa culpa, você espantou aquele cara daqui e me assustou muito..., lobo?...

um lobo em meu caminho Onde histórias criam vida. Descubra agora