First client

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– O-O que você quer? – perguntei com medo.
– Nada, eu só estou dizendo oi – riu. – Qual é o seu nome?
– Aisha, e o seu? – tentei me soltar um pouco, vendo que Rick me olhava de longe, o que me fazia lembrar que aquele era meu atual "trabalho". Além do mais, o cara parecia ser legal.
– Vinnie Hacker. Mas muitos me chamam de Hacker, ou Cole... E quantos anos você tem? – seu hálito com frescor de menta e álcool adentrou minhas narinas, fazendo-me ficar tonta.
– Tenho dezessete – sorri envergonhada. "Tão nova e já trabalhando nisso", ele iria pensar.
– Vi você toda desengonçada ali no palco – ele disse rindo, tentando puxar assunto.
– Pois é, sou nova do ramo... – tentei rir de meu desastre.
– Percebi. Nunca vi você por aqui antes. Posso te pagar uma bebida?
– Ahn... A-Acho que sim – sorri tímida.
Vinnie pediu dois martinis e o papo fluía naturalmente entre nós, um papo agradável. Estava até quase me esquecendo de onde estava e o que havia acontecido esta noite. O tempo passava, ele me oferecia mais bebidas e eu aceitava. Quando dei por mim, nossos lábios estavam colados. Um beijo quente e meio selvagem, ao mesmo tempo em que era meio doce, se é que era possível. Enquanto nos beijávamos eu me esqueci por completo de onde estávamos. Paramos o beijo quando o ar começou a nos faltar.
– Vamos para um lugar mais privado? – ele perguntou, alisando meu braço com o dedo indicador.
– Vamos – sorri.
Eu não estava com medo, quero dizer, não até o momento em que pensei no que viria a seguir. Senti meu estômago se contorcer de nervosismo, eu não estava preparada para isso, por mais que estivesse me sentindo bem e confortável ao lado de Vinnie.
Chegamos a um quarto vago, que ele disse ser o melhor da casa. Assim que entramos, rapidamente voltamos a nos beijar. Vinnie foi me puxando aos poucos para a cama e deitou-se sobre a mesma, deixando-me ficar por cima dele. Sentia suas mãos acariciando minhas costas e ele começaria a desamarrar meu top minúsculo, mas fui mais rápida e me levantei, trêmula.
– O que foi? – ele arqueou uma das sobrancelhas, me fitando.
– É-É que eu não estou preparada, desculpe. Pode sair e falar com Rick, obviamente você vai fazer isso. Eu nunca fiz isso e não vai ser agora que eu vou fazer, ainda mais com um desconhecido. Pode ir reclamar com ele – eu falava tão rápido que embolava as palavras. Fui em direção à porta para abri-la para Vinnie e então ele falou.
– Espera! Você tá com medo, é isso? Por quê?
– Eu não estou com medo! – respondi rápido, a voz trêmula. – Tá, eu estou sim, um pouco. Eu fui forçada a vir pra cá, não quero entrar em detalhes, até porque você não se importa. É só mais um entre aqueles caras que vem até que se divertir com o corpo dessas mulheres.
Ele tornou a arquear as sobrancelhas.
– Calma! Esse papinho aí... CARALHO, VOCÊ É VIRGEM!?
– Sim, eu sou. E por isso não posso fazer isso agora, não nessa circunstância, me desculpe. Agora já pode ir escolher alguém mais experiente – falei, o encarando séria, totalmente certa de que seria aquilo que ele faria.
Mas, ao contrário do que eu pensava, ele se levantou e veio em minha direção, colocou uma mecha de meu cabelo para trás da orelha, acariciou meu rosto e falou olhando em meus olhos.
– Fique calma, eu não vou te machucar, ok? Confie em mim.
– E-Eu não posso... – minha respiração falhou e eu sentia meu coração batendo forte no peito. – Eu estou com medo.
– Só te peço, confie em mim.
Ele falava próximo a mim, sua voz rouca e sexy próxima de meus ouvidos. Ele estava sendo tão legal comigo e, pensando por um lado, eu estava tendo sorte de não ter minha primeira noite com um velho gordo e barbudo.
Irônico e totalmente inapropriado eu pensar que estava tendo sorte considerando o lugar onde eu estava e no que eu seria forçada a trabalhar.
Vinnie selou nossos lábios, logo pegando-me em seu colo e fazendo-me entrelaçar as pernas ao redor de sua cintura. As luzes foram apagadas e ele me jogou com força sobre a cama. Suas mãos foram rapidamente ao meu sutiã, tirando-o com habilidade e agilidade de meu corpo, ele com certeza tinha muita prática. Suas mãos juntaram meus seios e sua língua passou entre os mesmos, logo ele sugava um de meus seios, o que me fazia arfar involuntariamente.
Suas mãos logo estavam em meu short. Ergui um pouco os quadris para que ele tirasse com mais facilidade e estremeci ao sentir sua mão tocando minha intimidade. Ele começou a massagear meu clitóris, dando-me um grande arrepio. Era uma sensação ótima. De repente, ele se levantou e arrancou sua própria roupa, ficando apenas de cueca boxer branca. Seu volume era bem visível sobre pano fino. Vinnie voltou para a cama e desceu minha calcinha por minhas pernas usando seus dentes e assim me deixando completamente nua. Abriu minhas pernas e suas mãos rapidamente voltaram à minha intimidade, fazendo movimentos circulares. Ele me beijou e me penetrou devagar com dois dedos, me fazendo dar um leve pulo por ter sido pega de surpresa e pela sensação. Doía um pouco, mas ao mesmo tempo eu estava gostando, confesso. Senti minha vagina se contrair e ele rapidamente tirou seus dedos de mim. Eu não tinha muita noção sobre sexo, mas tinha noção o suficiente para saber que não tinha chegado a um orgasmo, o que me deixou puta da vida, a sensação estava sendo tão boa.
– Você não vai gozar – ele disse, ao olhar minha expressão, automaticamente constatando que eu não estava nada feliz por ele ter parado com o que estava fazendo. – Não agora.
Vinnie me puxou pelos quadris e nossas intimidades se chocaram, o que me fez arfar sem querer. Ele abocanhou um de meus seios, sugando com avidez, antes de me penetrar apenas com a cabeça de seu membro. Aquela mesma dor incômoda voltou e permaneceu ali por alguns minutos antes de começar a desaparecer gradativamente. Meu medo começou a passar e a vontade de mais começou a tomar conta de mim. Vinnie fez leves movimentos de vai e vem apenas com a cabeça de seu membro dentro de mim e eu gemi abafado em seu ouvido. Agora eu queria aquilo, queria Vinnie por completo, precisava senti-lo, estava a ponto de implorar para que ele me penetrasse decentemente.
Aos poucos, ele introduziu seu membro por completo e eu arranhei suas costas. Eu soltava um ou outro gemido baixo, mesmo envergonhada, algumas vezes eu não podia me conter ou ter controle dos mesmos. Suas mãos apertavam minha cintura, cravei mais minhas unhas e revirei os olhos. Aquilo era maravilhoso, ele entrava e saia rapidamente e eu queria cada vez mais.
– Você é tão apertada... – ele sussurrou em meu ouvido, soltando um breve e baixo gemido ao concluir sua frase.
Meu corpo recebeu alguns espasmos e minhas pernas estremeceram. Finalmente cheguei ao ápice, liberando meu líquido. Ele apertou mais minha cintura, seu corpo juntando-se ainda mais ao meu, se é que era possível, e logo senti seu líquido quente me invadir. Suas estocadas foram diminuindo até pararem e então, ele me colocou sentada em seu colo para chupar meus seios mais uma vez. Continuei em seu colo, nós dois ainda sem fôlego.
– Você me cansou, Aisha – murmurou Vinnie em meu ouvido. Eu não tinha o que dizer, não sabia o que fazer. – Pra quem era virgem, você não se saiu mal – ele ainda tentava recuperar o fôlego. Sua voz rouca era excitante, mas não gostei da forma que ele disse a última frase. Me pareceu seco e arrogante, superior, diferente do Vnnie que eu havia conhecido há horas atrás.
Oi? Aisha, você conheceu ele agora e já está depositando confiança, acorda!
Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser no que tínhamos acabado de fazer. Era demais para mim, aquele momento foi especial de uma forma ou de outra, mesmo não sendo o que eu esperava para minha primeira vez. Eu esperava romantismo, sentimento, e com certeza com alguém que eu gostasse e que gostava de mim da mesma maneira. Mas isso não aconteceu.
Ainda nus, Vinnie continuava a se aproveitar de mim, beijando meu pescoço e tocando meu corpo sem pudor enquanto eu acariciava sua nuca. Olhava para as paredes daquele quarto pensando no ocorrido. Havia sido tão especial para ele quanto foi para mim?
Doía pensar na resposta.
(...)
Acordei e me remexi um pouco. Assim que abri os olhos, vendo o local onde estava, me lembrei da noite passada. Olhei para o lado e Vinnie ainda se encontrava ao meu lado, dormindo como um anjo. Tão lindo... Passei a mão em seus lindos cabelos loiros, o que fez com que ele despertasse.
- Não queria te acordar, desculpe – sorri de lado, envergonhada.
– Bom dia... – ele disse com a voz soando rouca, ignorando o que eu acabara de dizer.
– Bom dia – respondi.
– OH, MEU DEUS! QUE HORAS SÃO? – gritou de repente, preocupado.
– Não sei... Talvez umas sete ou oito horas, no máximo. Por quê?
– Por nada – sorriu de lado. – Então, eu me esqueci... Quanto custa mesmo o programa?
– Programa? – indaguei séria. – Isso foi um programa? Não quero seu dinheiro!
Fiquei nervosa e com raiva do que acabara de ouvir. Ele estava seco, grosso...
– Amor... Aceite. Senão Rick irá fazer algo contigo – ele suavizou o tom de voz. – Sou cliente exclusivo daqui – ui, cliente exclusivo. Revirei os olhos – e se não aceitar, ele vai maltratar você.
– NÃO QUERO! – gritei nervosa e indignada.
– Ok. Então não deixarei o dinheiro nas suas mãos e sim nas de Rick, já que não faz questão – respondeu, voltando ao tom rude.
Ele se levantou e começou a colocar suas roupas.
– Não vai ficar, tomar um banho? – perguntei ingenuamente.
– Olha a minha cara de quem toma banho nessa espelunca. Me poupe, Aisha – ele disse, me dando as costas. Engoli em seco.
– V-Você... – tentei dizer, mas me interrompi, receosa.
– Eu...? – ele olhou para mim e arqueou uma das sobrancelhas.
– Você vai voltar? – olhei diretamente em seus olhos e ele foi rápido em desviar.
– Volto sim – piscou para mim. – Agora eu tenho que ir, tchau.
E assim ele se foi. Bateu a porta e não me deu nem um beijo de despedida. Aquilo não era e nem de longe parecia ser um conto de fadas

•••

oi gente bonita, vale ressaltar q Aisha é muito ingênua e emocionada, então vergonha alheia? teremos
espero q tenham gostado :)

-A :p

CRIMINAL MINDS- Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora