Há muito tempo, muitas vezes.

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❝ É como ouvir a sua música predileta milhões de vezes ❞ 


Júnho, 1870.

— Então é assim que acontece, não? — Ela olhou para baixo por um tempo. Os cabelos grisalhos, olhos caídos e enrugados olharam pra mim com tanto amor evidente. Suas mãos trêmulas vieram ao encontro das minhas, acariciando meus dedos. — Você sempre dará um jeito de me achar? —
Não pude evitar as lágrimas se formando no canto de meus olhos ao ouvir sua voz que um dia já havia sido repleta de euforia, e agora havia tornado-se tão baixa e sonora. Eu pus um breve sorriso falso em meu rosto e beijei sua mão.
— Eu nunca vou parar de procurar — Eu disse fechando meus olhos e suavemente me recostando em seu ombro, sentindo as lágrimas quentes escorrerem de seu rosto.




Eu era condenado a este ciclo de perde-la para todo o sempre.

Mas eu nunca iria deixar de acha-la, cada vez que voltasse para este mundo, onde quer que fosse.

E a amaria igualmente todas as vezes.

Muitas vezes, por toda a eternidade.

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⏰ Última atualização: Aug 18, 2021 ⏰

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