Chapter One × Primeiro dia

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— Eu não tô acreditando que estão me mandando pra lá! — Zoe diz enquanto anda pelas calçadas cobertas pelas folhas do outono. Ela estava estressada, caminhando até o seu mais novo colégio interno, enquanto tira alguns pedaços restantes de folhas que prenderam em seus cabelos ruivos.

— "Você tem que nos pagar... blá blá blá... Vai pro internato... blá blá blá... Ajeita essa mochila ou vai ficar torta..." — Ela diz, imitando uma voz esganiçada e ridícula propositalmente, e assim vai, caçoando por todo o trajeto e terminando com um suspiro — Aqueles ridículos executivos —

A Zoe chega nos portões do internado, com a sua mochila jogada para somente um ombro e um pouco de dor de coluna, mas não querendo admitir. Ela anda pelos terrenos da escola para o seu primeiro dia de aula naquela prisão, e conforme os passos que dava, via as pessoas a olhando de maneiras questionáveis, e então, ela pensava — Será que é o meu uniforme? Ele só está um pouco embolado — Parecia que tinha saído da boca de um tigre — Eu borrei só um pouco a minha maquiagem hoje, mas também, eu estava com sono — Estava com os aspectos de Freddie Kruger.

Ela iria se questionando por todo o caminho até a sala de aula, de oque poderia está focando tanta atenção em sua pessoa. Zoe pensou tanto em si que esqueceu do seu redor e com isso foi com tudo contra a porta vermelha da sala de aula, que possue uma janela na parte superior da mesma, aonde ela deu de cara. Após a batida ela se desconcerta, mas logo volta ao normal e com um leve constrangimento de sua parte, abre a porta para entrar no local, aonde todos a encararam de imediato, todos tinham visto a imagem do rosto da ruiva estampado na janela segundos antes.

O primeiro dia de Zoe na escola nova estava sendo """"traumatizante"""".
Passou o dia todo sentada nas carteiras das salas de aula, cada uma mais colorida que a outra, mas tudo estava meio cinza na verdade, era como se nada tivesse realmente sentimento ali dentro, nenhuma pigmentação, todos os professores daquele dia eram cinzas, sem profundidade e mórbidos, como se fossem grandes estátuas de pedra ou mármore; os alunos, colegas de classe de Zoe facilmente sumiam do seu campo de visão quando ela, durante a aula, revivia momentos imaginários em sua cabeça, todos aqueles garotos e garotas era riquinhos, metidos à valentões e putrefos por dentro, como uma casca cinza, com nada além de matéria morta dentro. Aquele só podia ser o inferno para a nossa protagonista.

Eu vou me matar antes de... — Ela, fugindo em seus pensamentos novamente, acaba batendo o tornozelo em uma das mesas da cantina enquanto ia para o refeitório.
AAAAAAAAAHHHH MESA FILHA DA PUT... — — Aí! Carambolas... —
Ela repremiu todos os seus xingamentos e manifestações de ódio para si, enquanto refletia o fato de ter dito em voz alta "carambolas" no meio de todo o internato.

A ruiva se ajeita e continua andando, pega a sua comida e se senta em uma mesa isolada, de lá, poderia ver todos e tudo no refeitório, e alí ficou, comendo e reparando nas pessoas, nas comidas, nos objetos, em tudo, até conseguir entrar de volta à seus sonhos e pensamentos, mas, de repente, algo puxa Zoe de volta a realidade, uma presença revigorante, energética, esbelta. Zoe não tira os olhos desta mulher que apareceu em sua frente, é como se guiassem os olhos da ruiva para ela, uma garota de pele escura, alta, com um cabelo cacheado/crespo cheio, pintado de rosa pastel, como uma grande nuvem de algodão doce. Ela era a mulher da vida de nossa Zoe. A mesma se fascina com está mulher e a encara, passando pela cantina e desaparecendo nós corredores, sem saber o porquê de estar sentindo aquela sensação boa e reconfortante ao olhar para ela, é como se ela fosse cor, o brilho que faltava naquelas paredes vazias. Zoa volta a sala de aula com a cabeça confusa e com seus pensamentos embaralhados, como o seu estômago e as borboletas que ali haviam.

Zoe passou o resto das aulas do dia em estase, não se movia, não falava, estava tão inerte em sua cabeça que conseguia ver os questionamentos voando pela sala de aula, enquanto ouvia as perguntas que a si mesmo fazia, se perguntava do porque aquela garota chamou tanto a sua atenção, como a simples presença de alguém conseguia fazer ela ficar fissurada por horas, como aquela mulher que nem mesmo sabia o nome, em um só olhar a dopou.

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⏰ Última atualização: Jun 08, 2023 ⏰

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