Sweet Amoris

Batalha de Bandas

Catherine Kuster P.O.V. on

O coração não parava quieto, parecia querer saltar do meu peito para que pudesse bater ainda mais forte. Mãos suadas. Borboletas no estômago. Vontade de gritar. Sem dúvidas minha ansiedade em me apresentar.

Olhei para as três meninas que me acompanhavam. Todas com maquiagem o suficiente para ficarem irreconhecíveis pois fazia parte do nosso alter ego.

— Lyx? — um homem chamou fazendo com que eu me virasse. — Depois deles são vocês, se preparem.

Acenei com a cabeça concordando e decidi avisar as meninas. Passei o olho pelo local conseguindo encontrar apenas a Evil Queen, as outras duas estavam perdidas. Me aproximei da Evil, a personagem que a Bethany vivia quando entrava no palco.

Parei ao seu lado e chamei sua atenção pois a mesma estava hipnotizada olhando para o palco.

— Cath? O que foi? — Bethany questionou confusa e eu revirei os olhos.

— Não estrague o mistério. Aqui eu sou a Lyx, esqueceu? — disse ajeitando minhas roupas. — E somos depois deles — apontei para o grupo que se apresentava e entendi o que Bethy tanto olhava.

— Eles são bons, não são?

— Pode ser, mas nós somos melhores. Fique tranquila que vamos trucidar eles! Agora, onde estão Bonnie e Rocket?

Bethany apontou para um canto onde ficava o frigobar e então vi as duas conversando com integrantes de outras bandas. Fui até elas puxando-as para próximo de Bethy.

— Deixo vocês ficarem com esses feios depois, pois logo depois desse grupo será nossa vez – digo deixando-as livres.

— Ah, Lyx! Eu estou surtando! Olha como minhas mãos estão. Bonnie mostrou suas mãos suadas e levemente tremidas. — E se eu errar?

— Se continuar com esse pensamento é bem provável que se atrapalhe toda — a repreendi. — Apenas concentre-se na música. Sempre nos apresentamos e agora é apenas mais uma apresentação.

— Sim. Uma apresentação de mil dólares — Rocket rebateu sarcástica.

— Gente, Lyx tem razão — Beth saiu ao meu favor. — É apenas mais uma apresentação.

Sempre arrazamos e agora não vai ser diferente.

— Sei que vamos ganhar. Tenho certeza disso! — complementei.

— Vocês? Ganhar? — sem a música ouço alguém debochar. — Mais fácil ganharem um concurso de fantasias do que uma batalha de bandas — me viro pronta para uma discussão e não recuo mesmo com o tamanho do rapaz à minha frente.

— Apenas sente-se ou vai tomar no cú. Não importa. Onde for irá ouvir as pessoas gritando por nós — o encaro de cabeça erguida.

— Será? — o cara finge estar aguçando a audição. — Parece que eles chamam por mim.

— Isso aí. A plateia sabe reconhecer campões. — uma garota se intromete, vocalista da banda do rapaz, eu apenas faço um gesto para ela calar a boca sem desviar minha atenção dele.

— Aproveite, pois quando subirmos nesse palco, a plateia esquecerá de vocês — sorrio debochada.

— Você acha? Bom, não custa nada sonhar — o guri me deu as costas e saiu depois da menina.

Tentei conter minha raiva, mas não adiantou. Apertei meus passos até ele e quando estava prestes a chutá-lo fui impedida por Bethany que segurou meu braço.