Capítulo II - João

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(Sem música porque esse me desgraçou a cabeça)
Passado uns dois anos do Gabriel, eu estava com fogo na língua e estava com vontade de beijar, já tinha beijado um menino e tomei toco (superei), um amigo meu muito próximo mês apresentou ao Felipe (acho que esse era o nome dele) só que o Felipe não gostou de mim (é a vida). Numa roda de amigos, junto com o Lucas (amigo que me apresentou pro Felipe), o próprio Felipe, apareceu o João, relativamente alto, bombado (TIPO MUITO) e com cara de mau, além da tatuagem de leão na perna (com 14 anos eu fiquei levemente assustada). Trocamos o número, ele me chamou de gatinha e vivia me infernizando pra sair (digo isso pois estava num momento delicado, estudando para entrar em outro colégio).
A gente ficou pela primeira vez na escola, num cantinho (porque não podia), ficávamos todo dia, conversávamos, ele vivia falando mal do jeito que eu me vestia, ficava zoando o fato de ser nerd e deixava os amigos dele rirem de mim (isso abaixou muito minha autoestima). Pelo fato de ser minha segunda ficada não vida, eu achei que seria monogâmico, só que toda menina da escola que sabia que eu ficava com ele chegava em mim e falava "vi ele com outra menina em tal festa", seria esse meu primeiro chifre?!
Chegou as férias e eu consegui convencer minha mãe de sair com ele, ela nos levou ao shopping, ficou lá porque tinha coisas pra resolver (mas não ficou em cima), ficamos de casal, conversando e ele, continuando daquele jeito de me zoar sobre estudos e por aí vai.
Depois dessa saída ele quase não falou comigo, chegou o aniversário dele, dei parabéns e tomei um belo de um vácuo e depois, uma resposta seca.
Um detalhe é que antes de sairmos, ele vivia me mandando Snapchat em festa, fumando (sendo que ele me jurava que não usava nada por conta da academia), chegou até mandar áudio bêbado falando que gostava demais de mim mas não queria nada sério. (Ok... mas isso não significava parar de ficar)
As aulas voltaram, ele passava reto por mim, os amigos dele riam demais de mim, minha autoestima piorou, sorte que eu passei naquela prova e ainda achei um refúgio (que será contado no próximo capítulo).
Fiquei sabendo que na época ele vendia ilícitos para o pessoal da escola (fundamental 2), chegou até uma vez entrar na minha sala, atrapalhar professor e eu, como "vingança" falei pro professor que ele tinha invadido a sala, ele tomou advertência.
Não vou mentir, eu fiquei tão irada com o jeito que fui tratada (o fato dele não ter terminado nada e sim, sumido) que toda vez que ele passava no corredor, eu fazia som de vômito. Porém chegou um dia que ele resolveu dar uma trégua nessa "guerrinha": foi homem e terminou o assunto, pediu desculpas.
Passou um tempo, eu sempre encontrava ele perto de casa, pois ele morava perto, mas evitava, até que um dia, não teve como evitar e nos trombamos, ele brincou com meus cachorros e cada um foi pro seu lado. Depois a gente conversou via direct, ele ficou de mimimi, falando que me admirava, talvez dando em cima (????) e então entra mais uma pessoa na história, meu melhor amigo Henrique.
Na época que eu ficava com o João, o Henrique odiava ele, o tempo foi passando e o meu amigo começou a sentir simpatia pelo meu ex, e então tive a brilhante ideia de colocar o Henrique pra afastar o João de mim (pois ele não saia do meu pé e queria ter contato com meu namorado da época), resultado: eles viveram um pseudo-romance, que o João nunca quis admitir.

  Obs: apesar da minha história com o João não ter dado certo, bem depois do rolo com o Henrique, voltamos a nos falar, e não passou um dia sequer sem falar que eu sou inteligente e bonita, ele literalmente voltou atrás de todo o pré-conceito que tinha ao meu respeito.
  Ele é uma pessoa incrível, tem um coração enorme (tanto que quando a orientadora pegou a gente dando uns beijos, ele admitiu toda a culpa) e confesso que ele é a pessoa que eu quero ao lado do meu melhor amigo.

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