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Alguns infinitos eram maiores que outros.

Chaeyoung se lembrava dessa frase de um livro que leu há muito tempo, só que não fazia ideia de como era na prática. Tinha medo de doer mais do que aparentava.

_Três coisas que você ama e três coisas que você odeia. -Mina apoiou a cabeça no peito de Chaeyoung quando se deitaram no sofá da sala em que estavam antes.

_Três coisas que amo: música, tatuagens e morango. Três coisas que odeio: picles, ruído e acordar assustada. -Foi bem objetiva. _Sua vez. -Acariciava os cabelos dela.

_Três coisas que amo, eu diria que sorvete, música e cachorros, já três coisas que eu odeio... coisas amargas, ver sangue e sentir tanto medo. Odeio sentir medo. -Abraçou Chaeyoung mais apertado.

_Por que tanto medo? E eu não insistiria nisso se eu não achasse que é realmente necessário.

_Tenho medo de me ferir. De novo. -Essa última frase tornou tudo um pouco mais claro para Chaeyoung. _Eu tinha treze e ela dezesseis, me apaixonei, namoramos escondidas até os pais dela nos pegarem e então tudo acabou. Ela se mudou e eu senti dor. Senti dor e foi implantado na minha mente que isso é errado porque me disseram centenas de vezes que é. Imagine se eu, líder de torcida, conto algo assim?

_Só porque aconteceu uma vez não quer dizer que vai se repetir.

_Eu fiquei traumatizada. Isso não justifica eu ser uma creatina com você, mas justifica eu ter medo de me assumir. -Mina engoliu em seco. _Acha que não me dói? Dói. Se serve de consolo, todas as vezes que você passava eu ia para um canto chorar, já dormi chorando centenas de noites por não ter coragem de falar com você. Eu sinto muito por não ser forte.

_Não peça desculpas. Nós vamos trabalhar nisso, está bem? -Beijou a cabeça dela. _Eu prometo. Vamos trabalhar nisso.

Mina ergueu a cabeça e a olhou nos olhos.

Os garotos ainda cantavam; provavelmente estavam bêbados enquanto uma música da One Direction ecoava pelo lugar.

Chaeyoung a viu se colocar sobre seu corpo, colocou uma mecha do cabelo dela trás da orelha e a sentiu beijar sua bochecha. Esses acampamentos sempre terminavam em algo além. A adolescência, Chaeyoung pensou.

Mina tocou a boca na de Chaeyoung com cuidado, o clima estava perfeito para o beijo mesmo naquela confusão em que se encontravam, precisavam arrumar tudo e seguir adiante.

Quando a tatuada pediu passagem com a língua foi que Mina se soltou pra valer. Segurou o rosto dela e suas línguas se roçaram, todos os nervos de seus corpos estavam em alerta e o beijo cheio de carinho também continha desejo e bilhares de hormônios adolescentes.

Chaeyoung apertou a cintura dela com as mãos firmes, envolveu-com as pernas e a prendeu contra seu corpo quando subiu as mãos pelas costas dela. Mina ofegou quando a sentiu sob seu sutiã. Quebraram o beijo e se encararam.

_Vamos com cal- Uou. -Chaeyoung a viu tirar a blusa antes de avançar sobre sua boca outra vez. Tocou os seios dela sobre o sutiã e apertou. Se beijaram até faltar o ar e foi aí que Chaeyoung escancarou sobre seu caráter quase perfeito. _Por mais que eu ache lindo você sem blusa, vamos com calma, ok? Temos todo o tempo pra transar no futuro, por agora eu quero só apreciar um lado seu que nunca tive.

Mina sorriu e a beijou outra vez antes de vestir a blusa e ir com ela para a barraca guardar o secador. Trocaram um beijo rápido e saíram juntas em direção a fogueira.

_And all these little things... -Jordan cantarolou.

Todos viram quando Mina se sentou perto de Chaeyoung, seus dedos entrelaçados deixavam Mina nervosa, trêmula, estava perdendo os sentidos quando sentiu o braço dela ao seu redor e uma sensação de segurança a tomou.

TWICE | MICHAENG - Too late, BullierOnde histórias criam vida. Descubra agora