Sangue e Lama

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Notas da autora: ...então

Antes de mais nada eu gostaria de POR FAVOR pedir pra lerem isso com consciência. É uma história que VAI ser pesada, vai ter muitos gatilhos e por mais que o primeiro capitulo pareça bobo, eu estou realmente preocupada com quem ler, okay?Então se você for sensível, preste muita atenção nos avisos de gatilho ao decorrer da história, eu SEMPRE vou colocar, okay?No mais, boa leitura


Aviso de gatilho: Violência, sangue e palavreado chulo.

Havia fumaça por todos os lugares, música alta o suficiente para tremer o chão e pessoas a sua volta ecoando gritos de euforia e maldições tão alto que Andrew não tinha certeza de como a polícia ainda não havia encontrado aquele lugar.

Ele observava recostado em uma parede as pessoas se socando e chutando como idiotas, apenas por alguns trocados ou um gostinho de adrenalina.

Era um pouco patético.

Rinhas de lutas clandestinas não eram algo que Andrew frequentava muitas vezes — definitivamente não sem um bom motivo — e ainda assim, ali estava ele. Não era um bom lugar para pessoas como ele estar, era muito exposto e haviam aberturas mais que o suficiente para que tentassem matá-lo e Andrew nem mesmo os culparia por tentar.

Sem ele, seu bando de desajustados iria desmoronar e sem as raposas seria fácil continuar com algumas práticas nojentas que eles não permitiam em seu território.

Bem, sem eles e sem o motivo para ele estar naquele buraco enlameado que chamavam de ponto de encontro.

Não era difícil perder Josten no meio dos corpos agitados. A cabeleira ruiva escura quase no tom do sangue e terra que manchavam seu rosto, o sorriso presunçoso enquanto ele descaradamente brincava com seu adversário que aparentemente não fazia ideia de quem estava socando e os olhos azuis cruéis e gelados.

Andrew era uma pessoa bastante estável na maior parte do tempo e, ao contrário do que outras pessoas poderiam dizer, não era ele o responsável pelas mortes violentas das pessoas que ousavam cometer atos hediondos em áreas em seu território.

Não, isso ia para o povo de Josten. Um bando de intrometidos que faziam o que queriam, não importava onde diabos estivessem e em que território estivessem.

Eles eram a merda de uma ameaça;

Andrew odiava a porra da ideia, mas aquele que pediu a reunião era esperto, era conhecido por seus bons planos — mais que isso, ele era poderoso e mesmo assim ele pediu especificamente pelos sem nome.

O problema era que para conseguir o povo de Josten, primeiro ele tinha que falar com ele. Essa era a pior parte, porque ao mesmo tempo que olhar para Neil Josten era ver uma pessoa moldada com sorrisos crueis, planos ardilosos e sangue frio — ainda era como lidar com a porra de uma criança birrenta que gostava de queimar as asas de uma borboleta apenas para ver o fogo brilhando.

Era um incômodo, mas aparentemente era exatamente o que ele precisava agora, ele podia concordar com aquele homem. O que eles precisavam era de alguém que faria o que fosse necessário sem ligar para quem iria machucar no processo.

Bom, quase.

Josten nunca deixava um dos seus para trás. Boatos diziam que ele era sempre aquele que se colocava na linha de fogo entre um dos seus e uma bala.

Andrew podia respeitar isso. Podia trabalhar com isso. Aquele nível de lealdade era algo que ele gostava, mas então sua mente voltava a estar preso a Josten para isso.

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