O tempo é irônico
Ele te trás coisas boas
E tira-as de você
Ele sorri contra o caos pois sabe
Que um dia a felicidade chegará.
Mas é imprevisível.É impossível saber quando.
Como ou onde.
O que pode acontecer
Se eu arrancar todas essas pétalas
Desta flor morta?O que acontecerá
Se eu cair no mundo
Se eu cantar com os pássaros?
Doces pássaros...
Que voaram, voara, voa...Onde encontrar
Essa busca pela felicidade real
Menti.
Me enganei.
E ainda sim, ignorei
Os pedidos de ajuda escondidos
através das artérias
Encurralado dentre tanto vermelho
Preso entre ventríloquos
De meu coraçãoMas não foi o suficiente.
As veias pulmonares coroeram
Com os meus gritos silenciosos
Ela sabe que sangramos igual?
Pouco importa agora
Meu sangue escorreu por toda a parteLinhas vermelhas
Espalhadas por todo o meu corpo
O ar dos meus pulmões se perdeu
Assim como meus músculos imóveis
Ninguém nunca nota
Por isso vivo me queixando à lua
Estou à beira de uma overdose de remédios
Enchi meu copo de cachaça
Fingi que não me importavaMas no fundo
Eu sabia de cór
As linhas da minha autodestruição
E ninguem percebeu
Mas minhas veias conectadas
Pelas tubos de hospitais
Nunca disfarçaram.
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Poesia pelas dores
PoetryApenas algumas poesias (autorais) sem sentido de uma jovem, sem princípios fortes para se manter em pé, buscando salvação em palavras de conforto, (ou não)...