"Quando se declara a guerra, o diabo alarga o inferno"
Neomis não se encontra em uma situação muito boa no momento, como dito antes, os materiais são pobres, e a escassez de comida é preocupante. Foi decretado proibido comer carne, até por que, todos que aqui habitam são híbridos de boa parte da cadeia alimentar carnívora, é uma nação feita para os seres místicos e "não-humanos", quem ingere algo além dos frutos da agricultura é percebido como criminoso.
Além disto, a segurança do local não é das melhores em termos de roubos, os guardas andam recebendo diversas reclamações sobre itens desaparecidos, principalmente coisas triviais, algo que normalmente não os preocuparia, mas em um momento tenso como esse, ter um ladrão entre nós não parece divertido. Os sentinelas estão revistando os locais mais comuns dos roubos, mas nunca acham nada, o ladrão aparentemente é rápido e inteligente.
A verdade é que Neomis está se preparando para o maior evento que já aconteceu em anos, uma grande guerra, contra uma nação que odeiam a muito tempo, não gostavam de falar sobre os acontecimentos que os levaram a odiá-los, mas já estão cheios deles.
Aurora é uma nação forte, principalmente quando se trata de equipamentos, todos os minérios e alimentos de qualidade ficaram para o lado deles, tudo isso após a separação. Depois que Neomis e Aurora seguiram caminhos separados, passaram a se odiar, mas o motivo é escondido pela rainha, os que presenciaram aquele dia, são constantemente ameaçados caso pensem em espalhar o que aconteceu, e os que não estavam, se contentam com a palavra "separação".
Quem mais é afetada por esse ódio é Amis, a rainha de Neomis, não gosta de falar sobre seus pais, nem sobre seus irmãos, faz ela se sentir impotente por colocar os sentimentos no meio de algo tão sério, e o que mais a preocupa agora não é a grande possibilidade de derrota na guerra, e sim, o fato de que a partir de então, é impossível controlar seus sentimentos.
Muitos perguntam o por que de começar uma guerra se a nação não está totalmente preparada e confiante, mas os que questionam não sabem do que se passa no castelo, o irmão de Amis descobriu através de um cidadão infiel de Aurora algo que os ajudaria, o homem informou que o seu rei depois de anos se sentiu preparado para ataca-los, e que estava com o seu exercito inteiro treinado, assim, forçando Amis a começar a guerra primeiro, na tentativa de pega-los de surpresa.
Amis chama seu irmão para conversar. Crys não é exatamente a pessoa certa para planos complicados, mas era o único da família que ainda tinha contato.
-Infelizmente não tivemos muito tempo de convivência, irmão. Mas pelos anos que passamos juntos, sei que posso confiar em você nesta guerra.- Diz Amis enquanto Crys assente com a cabeça.
Amis passa as coordenadas para Crys, que parece entender.
-Me admiro que conseguiu achar um traidor em Aurora, lá é praticamente uma ditadura, não seguir as regras é morte instantânea.
-Isso mostra que ele é dos bons, né? podemos confiar no Bernard.
-Não tenho certeza.- Diz Amis desviando o olhar.
-Ele me disse que conheceu alguém daqui através de cartas passadas ilegalmente, e que quer vir morar aqui e até lutar com a gente na guerra.
-Isso seria impossível, até por que, ele é humano. -Diz Amis enquanto se retira.
Amis anda se preocupando com Crys ultimamente, depois que ele conseguiu um trabalho na loja de poções do Edelf, passou a agir estranho.
"Estamos preparados
todos estão fadados
para matar os que interpuseram
e humilhar os que propuseram"
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Bestas Pútridas
ФэнтезиUm conto medieval que gira entorno de um quarteto, composto por uma rainha, uma raposa, um mago e um sátiro, que conforme a história se desenrola, revelam segredos sobre a nação que moram, Neomis. Estão se preparando para executar sua vingança cont...