-PRÓLOGOシ

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25 de março de 1965

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25 de março de 1965

Ah não, eles chegaram — Disse papai depois de ouvirmos estrondos do lado de fora de casa.

— Eles quem papai? Quem chegou? —

— Não tem de se preucupar querida, apenas se esconda e não saia até que eu te chame! — Sem pensar muito corro para de baixo do armário, que mesmo com o meu tamanho, ficou bem apertado.

Minutos se passavam, que mais pareciam horas, e nada dos barulhos que estavam ainda mais altos, pararem. Eu ouvia gritos do meu pai e de outros homens, xingamentos, copos e pratos sendo quebrados, madeira caindo...até que isso parou.

Esperei alguns minutos, como meu pai disse, e nada. Apenas um silêncio absoluto, em que se ouvia apenas minha própria respiração. Com cuidado, saí debaixo do armário e andei até o primeiro andar da minha casa. Estava tudo destruido, até marcas de queimado haviam nas paredes, e....corpos, mortos, principalmente o de meu pai.
Em choque, senti o ar se esvaindo de meus pulmões e me aproximei de papai, ele estava com um enorme buraco no antebraço, com o formato de uma mordida. O sangue estava pulsando e jorrando para fora, e seus olhos estavam numa tonalidade cinza, revirados na órbita. Olhei para o lado e tinha mais dois corpos, um de um homem com pelos em sua face, e o outro com roupas todas pretas.
Ajoelhei ao lado da cabeça de papai e senti meus olhos queimarem, dando início a lágrimas que duraram pouco mais de 2 horas. Ele estava morto. E eu estava sozinha.

Hoje

Eleanor Winchester

Acordei com a respiração descompassada e a testa molhada de suor. Já estava virando rotina, sempre o mesmo sonho, se repetindo quase todos os dias.
Dias sonhando com o dia em que minha vida não tinha mais cor. Perdi meus pais em menos de 4 meses. Mamãe morreu em um incêndio, a causa nunca foi revelada, os bombeiros falaram que provavelmente foi um vazamento de gás. Duvido. Minha mãe sempre verificava se o gás estava fechado, sem excessão.
Hoje moro com meu tio Alby, em Clerkenwell.
Meus pais eram bruxos e nunca fizeram questão de esconder algo de mim. Me contavam tudo e, as vezes até me ensinaram feitiços. Desde pequena, quando eles me apresentaram a bruxaria, leio vários livros sobre a história da magia, feitiços e contra-feitiços, poções, as principais escolas de magia como, Beauxbaton, Durmstrang e Hogwarts. Mamãe estudou em Beauxbaton e papai estudou em uma escola de magia e bruxaria no Brasil.
O tio Alby é primo de segundo grau da minha mãe, ele é trouxa mas sempre soube do sangue de bruxo da família. Ele não fica muito em casa então na maior parte do tempo fico sozinha, lendo, dormindo ou jogando xadrez sozinha. Além de brincar com minha gata Amy, uma Scottish Fold. Ela me faz companhia sempre, ganhei ela no meu aniversário de 9 anos do meu tio.
Sempre estudei em casa e em uma escola trouxa, eram coisas básicas pois só haviam aulas 3 dias da semana. Então aprendia outras matérias por conta própria.

Levanto da cama e vou no banheiro, aproveito pra tomar banho e quando saio, coloco uma saia com um suéter e desco para o andar debaixo.
Como todos os dias, tio Alby já saiu para trabalhar, pego o bilhete em cima da mesa e leio o que estava escrito "Bom dia Elle, deixei seu café no forno, tenha um bom dia. Seu tio preferido.", no final do bilhete havia uma carinha feliz. Sorri e logo fui em direção ao forno e reesquento a comida. Enquanto espero, coloco comida e troco a água do pote de Amy, aquela gata preguiçosa dorme até tarde.

[...]

— Cheguei! Adivinha o que eu trouxe? — Ouço a voz de meu tio e desco as escadas correndo, por pouco não tropeçando no final.

— Uma jukebox? — Pergunto animada. Claro que eu sabia que não seria uma jukebox, já que era cara. Mas não custa tentar.

— Melhor que uma jukebox, eu trouxe lasanha! — Sorrio mais ainda, lasanha era de longe minha comida favorita, e de Amy também, já que a mesma saiu de cima da cortina e veio correndo ficar ao meu lado.

Nos sentamos na mesa para comer e coloquei o pote de ração no pé da mesa para a gata comer ao nosso lado.
Começamos um papo animado, primeiro contamos como foi nosso dia e depois de uns minutos de silêncio perguntei o que estava entalado em minha garganta.

— Quando eu mudarei de escola? Estou a duas semanas sem aulas por causa da reforma —

— Todas as outras escolas estão sem vaga, além de serem caríssimas. Então acho que não tão cedo... — Percebi um nervosismo em sua fala.

— Oh. Sem problemas. — Dou um meio sorriso e volto a comer. Alguns segundos depois começamos uma conversa animada sobre o novo filme que lançou chamado Star Wars.

Depois de comer, dou boa noite para meu tio e subo para meu quarto. Troco de roupa, escovo os dentes e pego um livro, e então deito na cama.
Ligo o abajur que fica em cima da cômoda e abro o livro. Dessa vez era um de romance no qual não faço a mínima ideia sobre o que é, mas comprei porque achei a capa bonita.

Após uns minutos lendo, ouço um barulho do lado de fora e olho pra janela, jurei ter visto alguma coisa voando no céu, parecia uma moto. Devo estar ficando doida, talvez seja só um gavião ou corvo.
Me viro para o relógio na parede, que marcava 01:18, e decidi dormir. Pus o livro na cômoda marcando a página em que parei e me ajeitei no travesseiro. Observei meu colar, de pedra da Lua que ganhei dos meus pais quando era pequena. Dizem que atrai força, sorte e proteção. Nunca o tiro do pescoço, é uma das lembranças mais importantes que tenho deles.
Me esvazio de meus pensamentos e fecho os olhos, alguns minutos depois, sentindo Amy deitar em meus pés, como sempre fazia.

NOTASシ

-Ei gente kkj capítulo pequeno pra dar contexto em algumas coisas<3 vremm

ps. próximo capítulo vai ser postado daqui a pouco, provavelmente.

𝗡𝗢𝗖𝗧𝗨𝗥𝗡𝗔𝗟 𝗦𝗢𝗡. -Remus LupinWhere stories live. Discover now