RENEGADE

Prólogo

LEIAM!!!

Essa ideia rodeia minha cabeça a tempos. Vou ser extremamente honesta; não tenho tudo planejado, não sei para onde a história vai ou se vou terminá-la, mas quero tentar. Quero muito e vou tentar, não vou prometer (fiz isso anos atrás e foi simplesmente um desastre).

Agora, sobre a história; é clichê. É algo do tipo que existe a séculos, clássico; desconhecidos para amigos e para amantes. Isso sem falar do velho "Filha de Snape", sim reconheço minhas próprias breguices.
Com tudo isso em mente, vá em frente por sua conta e risco.

(Ps: Vou usar centenas de coisas direto do livro, que não foram para os filmes, mas vou tentar contar de uma maneira que não deixe ninguém confuso).

Imagem direto do Google.
Se virem essa historia no Spirit Fanfic, saiba que sou eu mesma.

Plágio é crime e todo o resto de sempre.

O homem alto, pálido de cabelos negros, suspirou ao perceber a sombra de uma pequena criatura que ele havia colocado na cama a minutos atrás.

— Sei que está aí, Raven.

Segundos depois, uma acanhada menina saiu de trás da poltrona verde musgo com o polegar dentro da boca, seus grandes olhos negros inocentes fitou o pai com o semblante culpado.

— Por que está fora da cama? -Questionou sem tirar os olhos do caldeirão que começava a ferver.– E tire o dedo da boca, sabe que sua mãe ficaria brava se soubesse. - disse. Severus não precisava estar olhando para ela para saber que estava chupando o dedo, hábito esse que deixava a mãe louca. Deu de costas para a poção depois de ter certeza que estava controlada e segura, encostou o quadril na mesa, mirando sua filha de três anos ainda parcialmente escondida pelo grande móvel.

Ele sabia que ela não iria responder, apesar de entender, Raven não gostava muito de falar, Snape perguntou-se; ela puxou isso dele, se continuaria quando ela crescesse, ou se era uma de características exclusivamente dela.

Ele também sabia da curiosidade que ela tinha em relação às "coisas coloridas de cheiro engraçado" que ele fazia, também tinha conhecimento que ela não dormiria até que ele deixasse a própria dormir com ele ou a mãe, outro hábito que eles estavam tentando acabar.

Pensando bem, isso poderia ser uma oportunidade.

— Vem aqui.- ele a chamou enquanto se agachava, segundo Francine isso ajudava na comunicação; ficar na mesma altura dela, Severus não fazia ideia se isso era verdade ou se funcionava.

Ravena caminhou até o pai com os braços erguidos, deixando claro o pedido de ser pego nos braços, ele pegou as mãozinhas nas suas comicamente maiores, seu rostinho se contorceu por não ter seu pedido mudo atendido, ela olhou-o como se perguntasse o porquê. Ele conteve o sorriso, era ridículo como cada coisa que ela realizava, fazia seu coração parecer que ia explodir e seu rosto automaticamente se contorcer em um sorriso.

— Vamos fazer um acordo, deixo você assistir o preparo dessa poção e quando terminar, você vai para cama, mesmo sem sono. Que tal? Temos um acordo? - perguntou, dando um aperto gentil em suas mãozinhas.

Raven desviou o olhar do pai para o caldeirão que fazia um barulho de borbulhas.

— Aider.

Atordoado, suas sobrancelhas erguem — Você quer ajudar?

O aceno empolgado dela foi a resposta que ele não esperava, mas que não deveria surpreendê-lo.

Isso provavelmente é um erro, ele não queria perder a paciência na frente dela e Merlin sabe que ele não tem muito disso. Mas não pode deixar de se sentir fascinado com a ideia de ensinar sua profissão, compartilhar seu conhecimento com ela, é a única maneira de saber se sua primogênita tinha talento para poções; não pode deixar de sorrir com suas divagações, ela é tão jovem, ainda tão pequena, ele não podia colocar tanta expectativa nela.

Pegou-a no colo, se voltou para a mesa cheia de ingredientes. Coloco-a em cima da mesa, em uma parte vazia e afastada do fogo. Sentada e com o polegar de volta à boca, a pequena olhou ansiosamente para o pai. Severus bufou mas, começou.

Pela próxima hora, a menina sentiu o cheiro e a textura de vários ingredientes, de várias cores e tamanhos. Enquanto, Snape tinha a atenção dividida e redobrada, entre ela e o seu trabalho.

Aquele seria um momento que se repetiria várias vezes ao longo dos anos, só ela e seu pai. Momento onde raramente proferiram palavras, mas se compreendiam de uma maneira que ninguém podia entender, poções, era a língua que ambos fluentemente falavam.

Momentos que nunca mais aconteceriam.

Próximo capitulo Sábado.