Perfect judgment (Naruto fanfiction)

Gun.

Um restaurante francês era o típico e perfeito local para os mais bem sucedidos da cidade japonesa de Konoha se encontrarem, seja para uma simples conversa, um encontro, ou até mesmo uma reunião. Um dos grandes patriarcas de sua poderosa família, Uchiha Madara recebeu uma mensagem para encontrar um velho amigo e veterano de guerra, que pediu para encontrá-lo naquele luxuoso local.

- Madara! Quanto tempo. - Um homem de cabelos longos, pretos e lisos abriu os braços sorridentemente ao ver o rapaz passar pela porta. Madara olhou para mesa, percebendo que nela já haviam duas taças e um caro vinho o esperando.

- O que quer, Hashirama? - Questionou ele, sentando-se na cadeira da mesa e ficando agora de frente para o Senju, que educadamente encheu sua taça com o vinho.

- Achei que fosse bom ter uma conversa depois de um tempo em que não nos vemos, sabe? Desde que eu deixei a prefeitura da cidade para Minato me suceder eu tenho estado um pouco solitário. E aliás, esse vinho é uma delicia, é argentino. Eu sei que você prefere francês ou italiano, mas as coisas da América do Sul também são muito boas. Deveria provar. - Piscou o moreno, bem humorado como sempre.

- Seja direto, Hashirama. Você nunca me chamaria para uma conversa a sós se não tivesse nada de importante a tratar. Sobre o que é? Negócios? Se for, eu já disse que faremos a parceria econômica no final desse ano. E sobre o vinho, tendo álcool, para mim está ótimo. - Respondeu Madara, querendo finalizar logo aquilo.

- Não é sobre dinheiro... É sério, só uma conversa normal, sobre a vida. Eu soube do que aconteceu com seu filho Obito, foi exposto. Você provavelmente deve ter dado uma bronca enorme nele, mas ele não merece. O amor pode vir de onde não esperamos as vezes, você sempre falou que a herdeira do império Nohara seria uma futura Uchiha, mas eu sempre notei nos jantares em família que ela nunca o viu como nada além de um amigo. Ele deve ter visto o garoto Deidara como um amor recíproco. - Comentou Hashirama, olhando para o garçom e agradecendo-o quando sua salada chegou em sua mesa.

- Inferno Hashirama, eu não quero falar sobre isso. Obito já tem mais de dezoito, está estudando e liderará bem os negócios da família. O que ele vai fazer dentro de quatro paredes não me interessa, não mais. Eu só não queria que toda a cidade soubesse. - Desabafou.

- Uma hora saberiam. Konoha é assim, todos sabem, mais cedo ou mais tarde.

- É. Mas ainda acho que a Nohara era um partido melhor para ele. - Bufou Madara, comendo um pedaço do tomate regado de azeite e vinagre. Hashirama riu, dada a insistência do Uchiha. Ele sempre foi assim, desde que eram crianças.

- Só pela empresa gigantesca da família dela? Madara, esquece. Sua família já é multimilionária, para que mais? Ganância é um pecado... Sabia?

- Diga logo o que você quer, Senju. - Mais uma vez, Madara insistiu, demonstrando pressa. Tal ação fez Hashirama bufar, entediado. Madara nunca lhe daria uma conversa profunda que não envolvesse dinheiro ou política?

- Tá, você venceu. Soube que uma garota foi assassinada, e outra acabou de ser esfaqueada no começo da noite, julgo ser a namorada de seu sobrinho, se não estou enganado. - Disse o homem, o que fez Madara suspirar; Ele já desconfiava que se tratava daquilo.

- Já estão trabalhando no caso. - Madara respondeu, bebendo mais um gole de seu vinho.

- É questão de tempo, você sabe.

- Questão de tempo para que? - Indagou o Uchiha, olhando profundamente nos olhos do homem à sua frente, que antes bem humorado agora estava com uma feição séria.

- Para que outra pessoa morra. Izumi quase morreu.

- E o que pensa em fazer?

- Poderíamos ajudar, nós dois. Os policiais de hoje em dia são despreparados para isso, nós somos veteranos. Você sabe, hoje em dia é só fazer uma faculdade, passar em um concurso e ser aprovado em um exame físico que até minha neta com oito anos passaria. O treinamento não é nem de perto tão exigente quanto o da nossa época, ou seja, qualquer bom militar treinado em alto nível faria um estrago enorme.