Sami, o garoto meio loiro andava despreocupadamente, enquanto ouvia Freaks. Sem olhar para os lados enquanto andava em direção para sua casa, outros alunos andavam mais atrás ou na frente do garoto, não ao ponto de atrapalhar, para falar a verdade, ele sempre achou sua vida meio monótona. Acordar, se arrumar, ir pra escola, voltar andando, sem conversar com ninguém, ou ter algum lugar para passar. Acontece que toda a sua família morreu ou misteriosamente sumiu. Enquanto a alguns meses atrás ele andava com seu irmão rindo de qualquer besteira que o outro loiro falasse, agora ele estava ouvindo música sem se importar se acordaria no outro dia. Chorar nunca foi o seu forte.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Você é homem não é? então se comporte como um"
"C-Certo"
Sami tinha rancor de sua família inteira menos... menos de Ciel e seu pai. Ciel era o irmão mais velho de Sami. Mesmo tentando não ter rancor do resto de sua família, era impossivel. Como funciona este lema de "azul é para menino e rosa para menina" ou outro lema famoso "casinhas são de meninas, carros são para meninos" Não que Sami queria brincar de casinha como suas primas mais novas ou as filhas das vizinhas. Mas nunca gostou desses lemas. "Mulher cuida da casa e homem vai trabalhar" Por que o mercado de trabalho era tão machista ao ponto de dar nojo? Por que mulheres tem o trabalho de fazer a comida ou arrumar a casa? "É o trabalho dela" E por que homens não podem pelo menos ajudar um pouco nas tarefas de casa? Sami nunca gostou dessas atitudes da sociedade. Quando foi a quinta vez que repetiu a música, o loiro decidiu retirar os fones brancos de seus pálidos ouvidos. Ouviu um barulho entranho vindo de um beco ao lado esquerdo da rua, todos os alunos passavam reto, sem nem ao menos olhar para o lado em que vinha os barulhos.
"Eles são surdos?"
O meio loiro andou até lá e viu uma garota ruiva, que era bonita, porém nesta hora não era o certo ficar admirando a beleza da menina. Afinal... Um porco nojento tentava a todo custo segurar ela. Sami ficou com tanto nojo a ponto de quase gorfar.
- Ei seu idiota, por que não vai mexer com alguém do seu tamanho?
- Você chamou a quem de idiota sua criança estúpida? Acha que terei medo de um pirralho como você?
Sami andou em direção ao homem nojento e deu-lhe um soco fazendo o mesmo cair para trás.
- Patético - Olhou para a ruiva - Pode ir, ligarei para a polícia.
A menina só concordou e deu uma leve referência em forma de agradecimento. Quando ela deu as costas, o menino pegou o seu celular. 110 apareceu na tela do celular de Sami.
Chamando...
Chamando...
Chamando...
O homem que até então desmaiado, retirou uma arma do seu bolso esquerdo na parte inferior e mirou com as mãos tremulas nas costas do meio loiro. "Só um tiro... porque não consigo? vamos... anda... faz como seu pai te ensinou seu covarde!"
Atendido.
Bang*
Garoto morto; homem com sangue em sua feição de arrependimento; sangue na camiseta branca.
- Alô?
sem resposta.
- Alô? caso isso for um trote poderei lhe denunciar.
- A-Ah não precisa mais senhora, foi apenas um alerta falso.
- Ah certo... boa tarde senhor.
"Eu matei alguém... eu realmente matei alguém..."
Com medo de acabar sendo preso e sobrar para a sua esposa e para seu filho de apenas 4 anos, ele tirou sua vida da terra. Dois corpos em um beco, e ninguém passou por ali, nenhuma alma viva..
